Categoria Tragédia  Noticia Atualizada em 03-01-2008

UE e EUA fazem apelo à reconciliação no Quênia.
Conflitos no Quênia já duram bastante tempo, e o saldo de mortos até agora chega a aproximadamente 400
UE e EUA fazem apelo à reconciliação no Quênia.
Foto: google

A União Européia (UE) e os Estados Unidos uniram esforços nesta quinta-feira para pedir ao presidente reeleito do Quênia, Mwai Kibaki, e ao líder da oposição Raila Odinga que se reconciliem, com a esperança de encontrar uma solução para a crise que abalou o país.

Em uma conversa telefônica, o chefe dos diplomatas da UE, Javier Solana, e a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, "concordaram sobre o fato de que o importante é incentivar as diversas partes no Quênia a iniciarem um diálogo", declarou uma porta-voz de Solana em Bruxelas.

O objetivo deste diálogo deve ser pôr um fim à violência e à "desestabilização" no país, assim como "formar um governo", destacou.

Em Washington, o porta-voz do departamento de Estado, Sean McCormack, disse que os Estados Unidos queriam fazer um apelo a Mwai Kibaki e a Raila Odinga a "um diálogo político que permita encontrar uma solução política, qualquer que seja esta".

A mensagem de Rice "é uma mensagem de reconciliação política", ressaltou, afirmando: "não vamos decidir sobre o resultado das discussões entre ambas as partes".

Depois das eleições gerais de 27 de dezembro, o país africano foi tomado por uma onda de violência étnica e política que deixou pelo menos 346 mortos, de acordo com o último balanço da AFP baseado em fontes policiais, hospitalares e de vários necrotérios.

Odinga, que segundo os resultados oficiais perdeu a eleição presidencial para Kibaki, contesta a derrota.

Solana e Rice também mencionaram durante sua conversa a possibilidade de enviar emissários comuns para convencer Kibaki e Odinga a dialogar, mas nenhuma decisão foi tomada neste sentido.

Rice e Solana estão "muito preocupados" com a situação no Quênia, e acompanham "com grande atenção" a evolução da situação no país, destacou a porta-voz européia.

O Prêmio Nobel da Paz sul-africano Desmond Tutu desembarcou nesta quinta-feira em Nairóbi para participar dos esforços de mediação.

Já a viajem ao Quênia do presidente da União Africana (UA), John Kufuor, designado pelo primeiro-ministro britânico Gordon Brown para uma mediação conjunta UA-Commonwealth sobre a crise queniana, não deve mais acontecer, informou nesta quinta-feira o Commonwealth em Nairóbi.

O governo queniano se disse aberto ao diálogo, mas considerou que a situação atual no país não requer uma mediação.

Fonte:

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Por:  Giulliano Maurício Furtado    |      Imprimir