Com medo de recessão americana, índice cai mais de 3%. Desemprego nos EUA é o maior desde novembro de 2005.
Foto: G1 A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acentua a queda e passa a cair mais de 3% nesta sexta-feira (4).
O mau humor provém do cenário externo, onde a baixa criação de empregos nos Estados Unidos em dezembro reavivou a preocupação com o ritmo de crescimento da maior economia do mundo.
Por volta das 17h16, a uma hora do fechamento do pregão, o Ibovespa recuava 3,08%, para 60.955 pontos.
Em Wall Street, Dow Jones recua 1,33%, enquanto a bolsa eletrônica Nasdaq perde 2,76%. Queda acentuada também na Europa, onde o FTSE-100, de Londres, cai 2,04%, e Frankfurt cede 1,45%.
A mudança de humor também afetou os negócios com o dólar. Depois de testar a mínima de R$ 1,741, há pouco, a divida era negociada a R$ 1,764, ganho de 0,62%.
Decepção
A criação de postos de trabalho em dezembro foi a menor em mais de quatro anos. As 18 mil vagas abertas ficaram muito abaixo dos 58 mil a 70 mil estimadas. A taxa de desemprego também superou a expectativa, atingindo 5%, a maior em mais de dois anos.
Os dados de trabalho eram aguardados como indicação da capacidade da economia de continuar se beneficiando do crescimento do emprego e da renda em um momento de forte retração no setor de construção.
Os dados também reforçam a visão de que o Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, terá de seguir com a redução de juros como uma forma de conter a desaceleração econômica. No entanto, tal decisão não será fácil, com a inflação voltando ao centro das preocupações.
Entre os ativos de maior peso na carteira, Petrobras PN caía 4,08%, para R$ 82,10; Vale PNA recuava 3,60%, para a R$ 48,20; Bradesco PN operava em baixa de 1,17%, a R$ 51,30; Usiminas PNA registrava perda de 1,97%, a R$ 79,30, e Vale ON desvalorizava 3,60%, para R$ 56,10.
Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMF), o Ibovespa com vencimento em fevereiro recuava 3,40%, a 60.950 pontos.
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