Categoria Geral  Noticia Atualizada em 08-01-2008

Quatro vítimas reconhecem motoboy executado
Mais duas pessoas estiveram ontem no Departamento de Investigações Sobre Crime Organizado (Deic) se dizendo vítimas do motoboy Firmino Barbosa
Quatro vítimas reconhecem motoboy executado
Foto: Agência Estado

Mais duas pessoas estiveram ontem no Departamento de Investigações Sobre Crime Organizado (Deic) se dizendo vítimas do motoboy Firmino Barbosa, de 30 anos, morto com 11 tiros pelo promotor Pedro Baracat Guimarães Pereira, de 42, na noite de sábado. Segundo o delegado Ruy Ferraz Fontes, da Delegacia de Roubo a Bancos, Barbosa roubou pelo menos sete relógios no sábado, embora a polícia não tenha achado nenhuma arma com ele. Um í"mega avaliado em R$ 6 mil e um Citizen de R$ 1 mil já foram devolvidos aos donos. Outras duas vítimas já tinham reconhecido Barbosa no fim de semana.

Até agora, os depoimentos reforçam a versão de Baracat. "O bandido costumava abordar casais em carros de luxo, levantava a viseira e anunciava o assalto", afirmou o delegado. Para evitar que fosse reconhecido, cobria a placa traseira da moto com um saco plástico. Os investigadores duvidam que Barbosa agisse sozinho. "Suspeitamos que ele tinha cobertura de mais um criminoso e pelo menos de um receptador", disse Fontes. "Temos certeza de que ele fazia arrastões no Morumbi e no Ibirapuera para roubar relógios." Para o delegado, o comparsa fugiu após os disparos do promotor - que foi investigador de polícia antes de entrar no Ministério Público, em 1988. O advogado da família do motoboy, Paulo Guimarães da Silva, acredita que tenha havido uma briga de trânsito. "Como um cidadão vai roubar sem arma?"

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Rodrigo César Rebello Pinho, decidiu remover Baracat do Grupo Especial de Controle Externo da Atividade Policial (Gecep). Pinho ainda afirmou que a arma utilizada contra Firmino Barbosa não estava registrada no nome de Baracat. Segundo Pinho, Baracat apresentou à Polícia Civil uma pistola 9 milímetros, de uso restrito, como a arma usada para os disparos em Barbosa. "Ainda não chegou o laudo da arma e seria precipitado adiantar alguma conclusão, mas ela não estava no nome dele", disse. Na avaliação de Pinho, embora todo promotor tenha como uma das prerrogativas o porte de arma, nem com o seu aval, de chefe do MP, o uso de uma pistola desse calibre estaria permitido e Baracat poderá responder por porte ilegal de arma - as de uso restrito prevêem pena de 3 a 6 anos de prisão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Por:  Giulliano Maurício Furtado    |      Imprimir