Categoria Tragédia  Noticia Atualizada em 08-01-2008

Cinegrafista flagra ônibus em chamas
Polícia diz que incêndio foi causado em represália à ação policial na Mangueira
Cinegrafista flagra ônibus em chamas
Foto: cinegrafista amador

Um cinegrafista amador flagrou na manhã desta terça-feira (8) o incêndio em um ônibus na Rua São Luiz Gonzaga, em São Cristóvão, Zona Norte do Rio, por volta das 10h. Segundo a polícia, o veículo foi incendiado em represália à ação policial no Morro da Mangueira, também na Zona Norte, na manhã desta terça, envolvendo 280 policiais civis.

O ônibus incendiado era da linha 472 (Triagem-Leme). Segundo a assessoria dos Bombeiros, as chamas do ônibus foram controladas, e ninguém ficou ferido.

Fortaleza de traficantes destruída
Os policias destruíram uma fortaleza de traficantes da Mangueira. Segundo a polícia, foram apreendidas uma tonelada de maconha e quantidade ainda não especificada de crack e cocaína. Dez motos e um carro roubados, uma pistola e um fuzil com mira especial também foram encontrados. Quatro pessoas foram presas e nove detidas.

O objetivo da operação era cumprir nove mandados de prisão. Um deles era contra o traficante Alexander Mendes da Silva, o Polegar, que está preso em Bangu 3. Ele receberia o benefício da liberdade provisória na segunda-feira (7), mas continuou preso por causa do novo pedido de prisão. Outro suspeito procurado era Francisco Paulo Testas Monteiro, o Tuchinha, que está em liberdade condicional e não foi encontrado. Dos nove mandados, dois foram cumpridos.

A investigação policial para a realização da ação levou seis meses. Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça comprovam o envolvimento de Tuchinha com o tráfico no morro.

'Eu só queria sobreviver'
Um dos passageiros que estava no ônibus contou ao G1 que a ação foi rápida. "Na hora não dá tempo de pensar em nada. Eu só queria sobreviver", disse o técnico de operação de rádio e TV, Fábio Miquelino, 29 anos.

"A ação foi muito rápida. De repente, eu ouvi alguém gritando para todo mundo descer. Não deu nem para ver quem estava gritando, porque quando olhei para frente o ônibus já estava pegando fogo. Na hora não dá tempo de pensar em nada. Eu só queria sobreviver. O motorista abriu as portas e todos saíram rapidamente", disse Fábio, ressaltando que não sabe se outras pessoas participaram do crime.

Fonte:

Acesse o G1

 
Por:  Giulliano Maurício Furtado    |      Imprimir