Categoria Religião  Noticia Atualizada em 14-01-2008

Renascer acusa promotor de ameaçar liberdade individual
A Igreja Renascer em Cristo classificou como uma ameaça contra a "liberdade individual e religiosa"
Renascer acusa promotor de ameaçar liberdade individual
Foto: Agência Estado

A Igreja Renascer em Cristo classificou como uma ameaça contra a "liberdade individual e religiosa" o pedido de interrogatório feito pelo promotor Marcelo Mendroni, do Ministério Público de São Paulo, para que o jogador de futebol Kaká, do Milan, preste informações à Justiça sobre o seu envolvimento com o casal Estevam e Sônia Hernandes, líderes da igreja. Em nota, emitida hoje, a Renascer diz que "quem tem de se explicar é o promotor, não Kaká, que ganha seu dinheiro de forma honesta e dele faz o que quiser".

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A solicitação do promotor tornou-se pública em reportagem da revista Carta Capital na semana passada. Para a Renascer, Mendroni ultrapassou o limite de suas atribuições e tenta atingir e intimidar os seguidores da igreja. Na nota, sugere-se que o promotor estaria usando o caso para desviar a atenção, pois, segundo o comunicado, Mendroni tem de explicar ao MP a utilização de verbas públicas numa suposta viagem a Itália. A Renascer informou que está preparando a sua quinta representação judicial contra o promotor e que pretende entrar com ações contra a revista Carta Capital e contra o jornalista que assinou o a reportagem.

Segue nota na íntegra:

Promotor ameaça liberdade individual e religiosa

Nota Oficial da Igreja Renascer em Cristo

Quem tem de se explicar é o promotor, não Kaká, que ganha seu dinheiro de forma honesta e dele faz o que quiser

Repleta de erros e suposições, estranha reportagem de capa da Carta Capital desta semana revela um promotor de Justiça, Marcelo Mendroni, atingindo um terreno perigoso e autoritário. Em busca dos holofotes da mídia, Mendroni ultrapassa os limites de suas atribuições e afronta, de forma repetida, o credo religioso, configurando perseguição a quem não segue a fé que ele, ditatorialmente, julga adequada. Tenta agora não só intimidar uma Igreja e seus líderes, mas atingir e intimidar seus fiéis, utilizando para isso o sucesso e reconhecimento do maior jogador do mundo apontado pela FIFA, Kaká. Inescrupuloso, induz a revista a creditá-lo como se fosse juiz, infelizmente um erro repetido por várias outras publicações, no afã de utilização da notoriedade do jogador, e que a reproduziram.

A Igreja Apostólica Renascer em Cristo reafirma sua firme indignação diante de mais este visível e claro ato de perseguição religiosa perpetrada por um membro do Ministério Público paulista, do qual espera - confiante na Justiça - uma providência urgente, óbvia que está a suspeição do promotor Marcelo Mendroni.no caso. Lembra que, de acordo com o noticiário recente, ele, Mendroni, está sob investigação dentro do próprio Ministério Público, com graves acusações pairando sobre a sua conduta. Parece que o promotor Mendroni busca desviar atenção de sua delicada situação dentro da instituição, à qual tem de explicar como, utilizando verbas públicas, passou uma longa temporada de férias na Itália, ao invés de fazer o curso para o qual havia se proposto, em Bolonha. Se confirmadas as tais descabidas perguntas que o promotor teria supostamente mandado para a Justiça italiana, caberá ainda a vergonha de nossa Nação junto às autoridades daquele país, tão rasteiras suas indagações.

A Igreja Renascer apela por atenção dos superiores de Mendroni aos fatos, sucessivos, de desrespeito ao Estado democrático e leigo, no qual não há religião oficial. Isso não é um fato isolado. Todos estão sendo atingidos, enquanto se permitir que fatos como esses se repitam: as instituições democráticas, todos os credos e todas as instituições religiosas, a liberdade individual e de expressão, a liberdade do credo.

A Igreja Renascer informa que já prepara mais uma representação judicial - será a quinta representação - contra o promotor e, ainda, ações contra a publicação e o jornalista que assina a infame matéria


Fonte:

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Por:  Giulliano Maurício Furtado    |      Imprimir