A Polícia lembrou que em outubro foi encerrada uma primeira faseda operação
Roma, 15 jan (EFE).- Forças policiais italianas e de outros
países detiveram hoje 66 pessoas em uma operação contra uma rede
nigeriana dedicada ao tráfico de seres humanos, informou a Polícia
de Estado.
Os detidos são acusados de crimes que vão de formação de
quadrilha para tráfico de seres humanos a escravidão, seqüestro e
tráfico de entorpecentes.
O promotor nacional antimáfia, Pierdo Grasso, afirmou que se
encontrou um livro pertencente à quadrilha com os nomes e celulares
de mais de 300 pessoas.
Foram executadas 66 ordens de detenção expedidas por um tribunal
de Nápoles (oeste) contra cidadãos nigerianos na Itália e no
exterior.
Quinze pessoas foram detidas no exterior, principalmente na
Holanda, onde "a organização era particularmente ativa" e trazia da
Nigéria menores de ambos os sexos.
Os menores eram levados para a Itália e outros países europeus
para serem usados nos "setores da prostituição e da droga".
Durante as investigações foram constatadas "graves
irregularidades em alguns trâmites de adoção, que permitiram a
mulheres nigerianas residentes na Itália levar crianças de orfanatos
nigerianos para induzi-las a tráficos infames".
Grasso disse que a máfia nigeriana é "uma das mais perigosas do
mundo e está infiltrada em vários países, com células espalhadas por
todo o planeta".
Ele destacou a importância da cooperação internacional para
realizar este tipo de operação e acrescentou que, neste caso, a
Polícia holandese "teve uma boa colaboraração".
A Polícia lembrou que em outubro foi encerrada uma primeira fase
da operação, na qual foram detidas 23 pessoas em Espanha, Holanda,
Reino Unido, França, Alemanha, Bélgica, Estados Unidos e Nigéria.
O ministro do Interior italiano, Giuliano Amato, assegurou que se
desarticulou "uma forte organização internacional, que tinha no
tráfico de seres humanos e na exploração de pessoas, em particular
de menores, sua principal fonte de renda".
66 são presos em ação contra tráfico de pessoas na Europa.
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