Categoria Politica  Noticia Atualizada em 22-01-2008

UE mantém Farc como organização terrorista
A União Européia reafirmou hoje que não excluirá as Farc de sua lista de organizações terroristas
UE mantém Farc como organização terrorista

A União Européia reafirmou hoje que não excluirá as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) de sua lista de organizações terroristas apesar de pedidos do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. "A resposta é 'não'. Não existe motivo para mudar nossa posição", afirmou o chefe de política externa da UE, Javier Solana, após conversações com o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe.

Chávez defendeu que as Farc deveriam deixar de ser consideradas terroristas depois que ajudou a mediar a libertação de duas reféns mantidas pelas guerrilhas esquerdistas no começo do mês. Os Estados Unidos, o governo da Colômbia e países europeus como a França e a Alemanha já recusaram a idéia de Chávez. Solana disse que Uribe tinha pleno apoio da UE em sua luta contra os rebeldes. "Os terroristas não têm desculpas", disse ele a repórteres.

A Colômbia acusa as Farc de manterem mais de 700 reféns. A UE acompanhou os EUA e considerou as Farc - a maior e mais antiga força rebelde da América Latina, com cerca de 14 mil guerrilheiros - uma organização terrorista em 2002, proibindo ajuda econômica ao grupo.

Reféns

Uribe agradeceu à UE pelo apoio. Ele disse ter conversado sobre um novo esforço de mediação liderado pela Igreja Católica e que já conta com o apoio da França, Espanha e Suíça para a libertação dos reféns. Ele também busca o apoio europeu para a criação de uma missão médica internacional para assistir os reféns, muitos dos quais estariam com problemas de saúde no meio da floresta amazônica.

O presidente colombiano também pediu a aceleração de negociações para o estabelecimento de um acordo de livre comércio e cooperação entre o bloco europeu e a Comunidade Andina, formada pela Colômbia, Peru, Bolívia e Equador.

Uribe defendeu que os andinos negociem em bloco com a UE, apesar de diferenças com o Equador e Bolívia, cujos governos esquerdistas têm restrições quanto ao acordo com os europeus. O presidente do Peru, o centro-esquerdista Alan Garcia, disse ontem que seu país irá negociar separadamente com a UE, já que, segundo ele, a Bolívia e o Equador "não acreditam em livre comércio".

Fonte:

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Por:  Giulliano Maurício Furtado    |      Imprimir