Categoria Economia  Noticia Atualizada em 30-01-2008

'Vilã' da inflação em 2007, carne segura alta
'Inflação do aluguel' subiu menos no primeiro mês do ano. Desaceleração dos preços no atacado ainda não chegou ao consumidor.
'Vilã' da inflação em 2007, carne segura alta

Após registrar a maior alta desde fevereiro de 2003, a inflação medida pelo Índice Geral de Preços" Mercado (IGP-M) voltou a recuar em janeiro. Segundo a Fundação Getulio Vargas, o índice registrou alta de 1,09%, frente a 1,76% em dezembro. O IGP-M é usado para calcular os reajustes da maioria dos contratos de aluguel.

Entre as maiores influências de baixa, teve destaque a carne bovina, que caiu 3,20% em média nos preços por atacado, após fechar 2007 como uma das vilãs da inflação. No mês anterior, o produto havia subido 9,47%. O feijão, que também vinha em forte alta (43,91% só em dezembro), teve deflação de 4,28%, e foi outro destaque de baixa.

Na comparação com o indicador de dezembro, o Índice de Preços por Atacado (IPA) recuou 1,12 ponto percentual, para 1,24%.

Com o resultado, o IGP-M já acumula alta de 8,38% nos últimos 12 meses. Apesar do recuo no mês, o indicador se manteve bem acima do registrado em janeiro de 2007, quando teve alta de 0,50%.

Preços seguem em alta para o consumidor
Apesar da desaceleração dos preços no atacado, o consumidor voltou a sentir a alta dos preços no bolso. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) acelerou para 0,96% no mês, ante 0,67% em dezembro. O preço do tomate foi a maior influência positiva sobre o indicador, registrando alta de 42,48%.

A queda registrada pelo feijão no atacado também não chegou ao consumidor. O produto subiu em média 30,38%. As tarifas de ônibus urbano e os gastos com educação também foram destaque de alta no mês. O item de transporte subiu 1,14%, enquanto os cursos de ensino superior tiveram alta de 1,94%.

Já os preços da construção tiveram uma ligeira desaceleração em janeiro, registrando alta de 0,41%, ante taxa de 0,43% no mês anterior. A taxa do índice relativo a materiais e serviços recuou de 0,43%, na apuração de dezembro, para 0,41%, em janeiro. O índice que capta o custo da mão-de-obra registrou variação de 0,45%, ante 0,29%, em dezembro.


Fonte:

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Por:  Giulliano Maurício Furtado    |      Imprimir