Categoria Geral  Noticia Atualizada em 01-02-2008

Matilde diz que foi induzida ao erro
Ex-ministra diz que presidente Lula ainda n�o escolheu substituto para o cargo
Matilde diz que foi induzida ao erro
Foto: G1

A ministra da Secretaria Especial de Promo��o da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, que pediu demiss�o nesta sexta-feira (1o), admitiu que errou ao ter gasto R$ 171 mil em 2007 com o cart�o corporativo do governo federal. Ela disse, entretanto, que foi induzida ao erro. A ministra tamb�m anunciou a sa�da de dois funcion�rios e insinuou ter sido v�tima de preconceito.

Matilde Ribeiro leu trecho da carta de demiss�o enviada ao presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Disse que sempre teve a vida pessoal "pautada pela honestidade e responsabilidade". E que a conversa com o presidente Lula foi "madura". "Reconheci o erro e fui com o prop�sito de pedir o meu desligamento", afirmou. A ministra n�o soube dizer quem a substituir� no cargo. "Est� nas m�os do presidente Lula", afirmou.

Para justificar os gastos , Matilde Ribeiro disse que a secretaria n�o tem infra-estrutura fora da sede, em Bras�lia. E que ela havia sido orientada a usar o cart�o para despesas com hospedagem alimenta��o e loca��o de ve�culos. Ela n�o revelou o nome dos funcion�rios exonerados.

"Fora de Bras�lia n�o tenho nenhuma outra estrutura. A minha agenda de trabalho � bastante din�mica. Foi um erro o uso do cart�o para esse fim. Foi um erro, j� reconheci. Ele j� est� em avalia��o para ser corrigido", reiterou, durante a entrevista.

Durante entrevista coletiva na sede da secretaria, a ministra insinuou ter sido v�tima de preconceito "Vivemos no mesmo Brasil, ele ainda enfrenta preconceito e racismo. Isso � visto em atos do cotidiano", disse, indagada por jornalistas.

Mudan�as
Na quarta-feira (30), o plen�rio do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) aprovou a realiza��o de auditoria nos gastos do governo por meio de informa��es do Sistema Integrado de Administra��o Financeira do governo federal (Siafi) para apurar o uso de cart�es corporativos do Poder Executivo.

Segundo o ministro Ubiratan Aguiar, do TCU, o objetivo da investiga��o � verificar o que foi gasto com os cart�es e se as despesas s�o permitidas pela legisla��o. A auditoria tamb�m vai checar se aumentaram os gastos e se cresceu o volume de saques em dinheiro com esse tipo de cart�o.

"Quando se est� numa miss�o oficial, quando um ministro de Estado, um gestor p�blico se desloca, ele tem que efetuar [gastos] em raz�o das necessidades do servi�o p�blico. N�o se pode admitir despesas feitas em car�ter estritamente pessoal, fugindo das normas sobre o assunto", disse Ubiratan Aguiar.

Restri��es
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, anunciou na �ltima quinta-feira que o governo decidiu proibir, com algumas exce��es, o uso do cart�o corporativo para saques - o que era permitido at� o momento.

Entre os �rg�os que est�o nas exce��es - e que, portanto, poder�o continuar efetuando os saques, classificados como "peculiaridades" - est�o: Presid�ncia e Vice-Presid�ncia da Rep�blica, Sa�de, Fazenda, Pol�cia Federal e reparti��es do Minist�rio das Rela��es Exteriores fora do pa�s.

Segundo Paulo Bernardo, as altera��es nas regras ser�o implementadas por meio de decreto presidencial. Explicou, entretanto, que os ministros de estado tamb�m ter�o permiss�o para efetuar os chamados saques, mas limitados a 30% da dota��o autorizada.

Matilde diz que foi induzida ao erro ao usar cart�o corporativo. Ex-ministra diz que presidente Lula ainda n�o escolheu substituto para o cargo. Matilde disse que usou cart�o por orienta��o de funcion�rios do minist�rio.

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir