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Chineses usam web para criticar combate do governo a nevasca

Internautas acusam governo e imprensa de mascarar a realidade.

Foto: www.maratimba.com

Quem assiste � televis�o estatal da China ou l� os principais jornais do Partido Comunista fica com a impress�o de que o pa�s est� unido para combater as pesadas nevascas que deixaram milh�es de pessoas isoladas antes das celebra��es do Ano-Novo lunar.

Mas os f�runs de discuss�o, que s�o muito populares entre os jovens chineses adeptos da tecnologia e a florescente classe m�dia do pa�s, oferecem um quadro muito diferente --queixas quanto � incompet�ncia das autoridades e �s reportagens televisivas ridiculamente otimistas ou simplesmente ruins.

"O notici�rio da CCTV foi exasperante, hoje. Eles fizeram todo um segmento sobre a �rea de desastre atingida pelas nevascas, no sul, e depois cortaram para comentar histericamente sobre o hero�smo de seus rep�rteres," queixava-se Feiniao434, referindo-se � TV estatal.

"Os rep�rteres com certeza est�o enfrentando momentos dif�ceis, mas as pessoas que vivem nas �reas de desastre est�o muito pior, e s�o elas que ocupam a verdadeira linha de frente!", acrescentou.

Outro participante, que usa o apelido "Semiconductor", disse que deixou de acreditar nas previs�es do tempo, e chamou a CCTV de "TV confunde civis." "Eles sempre sabem como transformar m�s not�cias em boas not�cias", afirmou Semiconductor.

Enganar o povo
A rede de TV estatal "s� serve para enganar o povo", e n�o havia informado sobre a plena extens�o do desastre, acrescentou um participante que assina "n�o sou escravo hoje."

Sanllyzhao escreveu, de Bijie, em Guizhou, uma prov�ncia no sul do pa�s fortemente prejudicada pelas tempestades, para relatar a "verdadeira situa��o" na �rea, que inclui falta de luz e �gua h� duas semanas, e neglig�ncia de parte das autoridades. "Por favor, acorde, governo de Guizhou!", ele se queixa.

O governo afirma que est� fazendo o melhor que pode, levando em conta a escala e dificuldade da tarefa, e que os funcion�rios p�blicos est�o trabalhando sem parar.

"�s 23h de ontem, o centro de emerg�ncias ainda tinha as luzes acesas, e nossos colegas continuavam trabalhando para enviar assist�ncia �s �reas atingidas", disse Zhu Hongren, que trabalha para a Comiss�o Nacional de Desenvolvimento e Reforma, em entrevista coletiva.

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Por: Gabriel Tanure Sad | Imprimir