Categoria Politica  Noticia Atualizada em 06-02-2008

Presidente italiano dissolve Parlamento
Presidente italiano Giorgio Napolitano assina decreto que dissolve o Parlamento do pa�s, junto ao primeiro-ministro Romano Prodi
Presidente italiano dissolve Parlamento
Foto: Enrico Oliverio/Reuters

ROMA, 6 Fev 2008 (AFP) - O chefe de Estado italiano, Giorgio Napolitano, dissolveu nesta quarta-feira o Parlamento, apenas dois anos depois das �ltimas elei��es legislativas, abrindo caminho para elei��es antecipadas que ser�o realizadas em abril, enquanto as pesquisas d�o vantagem � direita.

Quatorze dias depois da ren�ncia de Romano Prodi por um voto de desconfian�a no Senado, Giorgio Napolitano assinou o decreto de dissolu��o das duas C�maras.

Napolitano explicou � imprensa que "a dissolu��o foi uma decis�o obrigat�ria diante do resultado negativo" das consultas do presidente do Senado Franco Marini com os partidos pol�ticos e ante a "impossibilidade de se formar uma maioria para realizar uma reforma r�pida da lei eleitoral".

O chefe de Estado, que se opunha a elei��es antecipadas, expressou sua "amargura" em rela��o a essa perspectiva com a atual lei eleitoral.

Segundo Napolitano, uma convoca��o imediata �s urnas representa uma "anomalia" que "n�o deixar� de ter conseq��ncias para a governabilidade do pa�s".

O Conselho de Ministros italiano inicia �s 12h00 GMT (10h00 de Bras�lia) uma reuni�o para fixar a data das elei��es legislativas, que foram convocadas para os dias 13 e 14 de abril.

O decreto oficial de dissolu��o do Parlamento ser� confirmado pelo chefe de Governo, Romano Prodi, tal como estabelece a Constitui��o.

Napolitano havia se reunido na tarde de ter�a-feira com o presidente do Senado, Franco Marini e com o presidente da C�mara dos Deputados, Fausto Bertionotti, o primeiro passo formal para a dissolu��o do Parlamento.

As elei��es durar�o dois dias, um domingo e parte da segunda-feira e n�o se descarta que coincidam com as elei��es municipais parciais previstas para meados de abril, em particular em Roma, at� agora feudo da esquerda.

A vota��o ser� realizada com o mesmo sistema de voto que determinou o apertado triunfo da coaliz�o de centro-esquerda em abril de 2006 e considerado por quase todas as for�as como o principal respons�vel pela atual fragmenta��o pol�tica.

A lei eleitoral, adotada pelo governo do l�der da direita italiana Silvio Berlusconi seis meses antes das elei��es de abril de 2006, chamada popularmente de "a porcaria", fomentou a instabilidade ao conceder poder de barganha �s forma��es pequenas, o que dificultou a obten��o de consensos duradouros.

Apesar das cr�ticas, Berlusconi, de 71 anos, se negou a modific�-la e pediu que um di�logo seja aberto sobre o caso apenas depois das elei��es antecipadas.

A rejei��o absoluta em se formar um governo de transi��o para a reforma da pol�mica lei eleitoral por parte de Berlusconi, determinou a decis�o de Giorgio Napolitano de dissolver o Parlamento e convocar novas elei��es.

A coaliz�o de centro-direita, que superou rapidamente suas diverg�ncias internas ante a possibilidade de novas elei��es, conta segundo as pesquisas com uma vantagem de 10 a 14 pontos sobre a coaliz�o de centro-esquerda, fortemente desgastada por divis�es.

A ren�ncia de Romano Prodi, apresentada no dia 24 de janeiro ap�s ter perdido o apoio crucial do Senado, abriu uma crise no governo, segundo o complexo regime parlamentar vigente na It�lia.

Com a queda de Prodi -que continua se ocupando dos assuntos correntes-, foi conclu�da depois de apenas 20 meses a segunda experi�ncia no poder da coaliz�o de centro-esquerda.

Berlusconi, magnata das comunica��es, disputar� as elei��es desta vez contra Walter Veltroni, de 52 anos, prefeito de Roma e l�der do rec�m-fundado Partido Democrata, fruto da fus�o do Partido Democr�tico de Esquerda (ex-comunistas) e dos cat�licos do La Margarita.

Veltroni anunciou que o Partido Democrata se apresentar� apenas para os eleitores, abandonando uma alian�a com alas extremas, tanto a ultraesquerda como os ultracat�licos, que havia dado a vit�ria a Prodi em 2006.

Presidente italiano dissolve Parlamento e legislativas ser�o em abril.

Fonte: http://noticias.uol.com.br
 
Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir