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Foliões de rua passam aperto e pedem mais banheiros no Rio

Apesar de Riotur ter colocado 30% a mais do que em 2007, blocos também cresceram
Foliões de rua passam aperto e pedem mais banheiros no Rio

Foto: Alexandro Martello/G1

Ir ao banheiro no carnaval carioca não é tarefas das mais fáceis. O número de pessoas que participa dos blocos vem crescendo, mas a quantidade de banheiros químicos disponíveis ainda não é suficiente no Rio. E no próximo fim de semana ainda tem diversão nas ruas.

O resultado é uma enxurrada de reclamações de quem aproveita a batucada e, mais ainda, de quem sequer saiu de casa para pular, mas teve que conviver com cheiro de xixi a sua porta.

Segundo a Riotur, a cidade recebeu neste carnaval 705 mil turistas, que se espalharam pelos mais diferentes pontos de diversão. Pensando nisso, foram disponibilizados 30% a mais de banheiros químicos do que no ano passado, num total de 720. Mas foi pouco perto do crescimento da folia de rua: 324 contra 281 blocos em 2007, segundo o ex-blog do prefeito César Maia. Um aumento de 15% de grupos autorizados pela prefeitura.

Problema atinge até quem não participa da festa
"É muita gente e pouco banheiro. Se você quiser ir ao banheiro, tem que sair da muvuca do bloco até encontrar um lugar e depois andar tudo de volta até achar o seu grupo novamente", reclama Diogo de Lima, de 22 anos, que, admite usar do espaço público quando não encontra um banheiro disponível.

"Xixi é um problema sério. Fica tudo fedorento. Até vi um ou outro banheiro químico na praia, mas em Laranjeiras, que todo dia tem bloco, não vi", reclamou a aposentada Odaiza Carvalhal, de 53 anos, moradora do bairro, que, para não sofrer com as ruas fechadas, fez uma agenda com os horários e endereços da folia na área.

Falta banheiro ou educação?
Além de Laranjeiras, Ipanema e Copacabana estão entre os bairros que mais sofrem com interferência da febre dos blocos.

"Era preciso um número de banheiros bem maior. Mas as pessoas, mesmo tendo os banheiros, urinam nas ruas. E não são só homens, até mulheres urinam nas calçadas. Era preciso rondas da Guarda Municipal para inibir isso", sugere a Presidente da Associação de Amigos e Moradores de Copacabana (Amacopa) Myriam Barbosa, que teme a invasão de milhares de pessoas no próximo domingo (10), quando o Monobloco sai pela orla do bairro, às 9h, e o bloco Galinha do Meio-dia parte da Avenida Delfim Moreira, no Leblon, às 15h.

De acordo com o secretário de Turismo, Rubem Medina, o número de banheiros nunca será suficiente e não podem ser muitos para não atrapalhar a evolução dos blocos e o funcionamento do trânsito ao redor deles.

"A gente não pode limitar o número de blocos por causa dos banheiros. Nos últimos três anos, o aumento foi exponencial e isso é um sinal positivo para o nosso carnaval. Mas é impossível cobrir tudo, principalmente porque o banheiro não pode ir andando acompanhando o bloco", resumiu Medina.

Foliões de rua passam aperto e pedem mais banheiros no Rio. Apesar de Riotur ter colocado 30% a mais do que em 2007, blocos também cresceram. Prefeitura diz que número de lavabos químicos nunca será suficiente.

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Por: Alexandre Costa Pereira | Imprimir