Categoria Politica  Noticia Atualizada em 11-02-2008

Oposição e governo fecham acordo e CPI dos Cartões
CPI vai investigar o uso indevidos dos cartões corporativos pelo governo
Oposição e governo fecham acordo e CPI dos Cartões
Foto: G1

O líder do governo Romero Jucá (PMDB-RR) e o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) chegaram a um acordo nesta segunda-feira (11) para a realização de uma única Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as irregularidades cometidas no uso do cartão de crédito corporativo. A investigação será realizada por meio de uma CPI mista do Congresso, com duração de 90 dias. A Comissão será composta por 11 deputados e 11 senadores, tendo o mesmo numero de suplentes.

Pelo acordo, serão apurados os gastos com cartão corporativo desde sua criação, em 2001, além das despesas efetuadas desde 1998 pela conta Tipo B, na qual o servidor emitia cheques, incluindo o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). A composição atende aos interesses da oposição de incluir os deputados na investigação e também da base aliada, que deseja apurar possíveis irregularidades cometidas pelo governo anterior.

Para a coleta de assinaturas será aproveitado o requerimento de Sampaio com o adendo da investigação das contas tipo B. "O fato determinado tem a ver com os cartões corporativos, mas haverá investigação também sobre as contas tipo B", disse o tucano.

Sampaio foi o primeiro a propor uma CPI para apurar as denúncias de mau uso dos cartões corporativos, mas acabou atropelado na semana passada por Jucá, que incluiu as contas tipo B no âmbito do pedido de CPI e desejava uma investigação apenas no Senado.

O líder do governo atribuiu o acordo desta segunda-feira aos objetivos comuns com a oposição. Apesar da insistência em ampliar a investigação para o governo Fernando Henrique, Jucá nega que o objetivo seja atingir o ex-presidente: "A idéia não é investigar Fernando Henrique ou Lula. Nós estamos investigando um período de gastos do setor público, despesas feitas por funcionários públicos e, portanto, a idéia não é personalizar nos presidentes".

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Por:  Giulliano Maurício Furtado    |      Imprimir