Controladoria aponta duas impropriedades em gastos de ministro com alimentação
Auditoria realizada pela Controladoria Geral da União (CGU) concluiu nesta quinta-feira (14) que o ministro da Pesca, Altermir Gregolin, cometeu "impropriedades" em duas despesas com alimentação no uso do cartão corporativo.
"A CGU recomenda à Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca que se abstenha de realizar despesa com alimentação em Brasília por meio de suprimento de fundos, bem como que atente para o fato que os gastos efetuados em viagens a serviços somente compreendam as despesas de alimentação e hospedagem do próprio ministro", informou a Controladoria no relatório.
A Controladoria informou que Gregolin devolveu aos cofres públicos R$ 538,60, referente a R$ 26 de um almoço em Florianópolis para duas pessoas, e R$ 512,60, num almoço oferecido para a delegação da Academia de Ciências Pesqueiras da China, num restaurante em Brasília.
"Alertado pela CGU, o ministro decidiu ressarcir o valor integral da despesa, conforme Guia de Recolhimento da União, que foi anexada aos autos de prestação de contas", disse a Controladoria a respeito do gasto em Florianópolis.
Sobre o almoço oferecido aos chineses, o relatório da CGU conclui que "apesar de não se vislumbrar dolo ou má fé de qualquer natureza, não há previsão legal para a realização desse tipo de despesa com suprimento de fundos". Segundo o órgão, o ministro também devolveu o valor integral aos cofres públicos.
Apesar das "impropriedades" nos gastos com alimentação, a CGU descartou qualquer irregularidade em despesas com hospedagem e locação de veículos. "A Auditoria afasta as suspeitas de irregularidade levantadas em matérias jornalísticas sobre as despesas com hospedagem e locação de veículos feitas pelo ministro", informou a Controladoria.
Em 2007, Altemir Gregolin gastou cerca de R$ 1,8 mil por mês, totalizando R$ 22.652,65 no ano. Em entrevista no final de janeiro, Gregolin disse que suas despesas foram, principalmente, com alimentação e gastos eventuais, como aluguel de veículos. "Não uso para saque de dinheiro vivo, embora a legislação permita", afirmou.
Pingüim
Gregolin disse que além de choperia, elas eram também lanchonetes. "Foi refeição, não foi bebida", garantiu. O relatório da CGU corroborou a explicação do ministro. "No caso da Choperia Pingüim, onde o ministro também fez pagamento com o cartão, nada houve de irregular. A Choperia Pingüim é um conhecido restaurante de Ribeirão Preto, onde o ministro fez refeição durante uma viagem de trabalho", disse a CGU.
O relatório da CGU foi encaminhado à Casa Civil. A conclusão da investigação sobre as despesas da ex-ministra Matilde Ribeiro deve sair somente na sexta-feira (14).
CGU conclui auditoria de cartão do ministro da pesca. Controladoria aponta duas impropriedades em gastos de ministro com alimentação.
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