Categoria Politica  Noticia Atualizada em 23-02-2008

Sem acordo, Brasil, Argentina e Bolívia criam grupo
Governo brasileiro diz de que não tem condições de abrir mão do gás
Sem acordo, Brasil, Argentina e Bolívia criam grupo
Foto: Reuters

Os governo do Brasil e da Argentina, junto com a Bolívia, decidiram criar um grupo de trabalho para discutir o problema da falta de gás boliviano para abastecer os dois países vizinhos.

Os presidentes dos três países se reuniram neste sábado (23) em Buenos Aires para discutir a questão energética, que deve se agravar com a chegada do inverno na Argentina. Não chegaram a um acordo, mas decidiram continuar discutindo o problema.

"Nós criamos um grupo com os três ministros dos três países para que a gente possa, não apenas discutir gás em época de inverno, para a gente discutir quais as novas fontes de produção de energia de que nós precisamos", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o encontro.

Ele ressaltou que todas as economias da região estão crescendo, a da Argentina mais que a do Brasil, mas afirmou que todos vão precisar de mais energia. "Não se trata de sobrar gás ou não, se trata de uma política de solidariedade que os países do Mercosul têm que ter para ajudar uns aos outros", disse Lula.

Lula disse que a criação do grupo será importante para resolver os problemas energéticos de todos os países que possam passar por crises de desabastecimento.

"O Uruguai, de vez em quando precisa, a Argentina precisa, de vez em quando nós precisamos da Argentina. Então, eu acho que essa política de solidariedade é extremamente importante", disse Lula.

Em entrevista à Agência Brasil, o ministro de Minas e Energia, Édson Lobão, reafirmou que o Brasil não cederá gás boliviano para a Argentina. "O Brasil não vai abrir mão o gás", afirmou.

"Tanto quanto possível, vamos contribuir para minorar essa dificuldade, sem repasse de gás, mas com repasse de energia se tivermos energia para fornecer."

Sem acordo, Brasil, Argentina e Bolívia criam grupo para discutir falta de gás. Governo brasileiro diz de que não tem condições de abrir mão do gás. Em compensação, repassaria energia elétrica para a Argentina no inverno.

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir