Categoria Tragédia  Noticia Atualizada em 26-02-2008

Oito botijões foram encontrados em local do desabamento
Segundo coronel da Defesa Civil, apenas perícia vai identificar causa da explosão
Oito botijões foram encontrados em local do desabamento
Foto: G1

A Defesa Civil encontrou oito botijões de gás na tarde desta terça-feira (26) durante a limpeza dos escombros no edifício que desabou parcialmente na manhã desta terça no Centro do Rio. Segundo a Defesa Civil, o prédio está interditado e passa por uma vistoria. Técnicos querem saber se a estrutura foi abalada. Nove pessoas ficaram feridas no acidente.

A parte dos fundos do prédio está sendo demolida porque ameaça desabar. Dezoito lojas e um banco tiveram que fechar as portas porque foi constatado um vazamento de gás no local. Técnicos da Companhia de Gás do Rio (CEG) também verificaram se a tubulação foi danificada. O comércio no local e a rua foram liberados.

Edifício não tinha autorização para botijões
O edifício que teve parte destruída depois de uma explosão na manhã desta terça-feira (26) não tinha autorização dos bombeiros para utilizar botijões de gás. Segundo o sub-diretor de serviços técnicos do Corpo de Bombeiros, coronel Neri, para esse tipo de autorização é necessário que o edifício tenha, no máximo, cinco unidades de apartamento, que não era o caso. Quando há mais unidades, os apartamentos têm que utilizar gás fornecido por tubulações de rua.

"A autorização é uma norma de 1976, mas contruções de antes dessa data ficaram sem o documento e sem a avaliação do projeto pelos bombeiros", informou Neri. "Pelas características daquela edificação, ela não poderia ter esse tipo de fornecimento de gás, e precisaria ser o gás de rua", completou. Segundo Neri, alguns síndicos teriam optado por continuar com botijões de gás por causa da economia que fariam.

O proprietário da loja que explodiu, Eduardo Santos, não foi encontrado. Segundo uma parente, ele alegou estar cansado e não queria mais falar sobre o assunto.

Bombeiros aprovam ou rejeitam instalações
O coronel Neri disse ainda que os projetos são enviados para os bombeiros, que aprovam ou rejeitam as instalações de gás, mas, segundo ele, depois de conseguir uma autorização, é comum que o projeto seja alterado. De acordo com a diretoria de serviços técnicos, a fiscalização deste tipo de irregularidade é feita periodicamente pelos próprios bombeiros, mas a maioria das vezes baseada em denúncias.

"É preciso que a população também denuncie irregularidades, já que o estado é muito grande e a fiscalização em todos estabelecimentos é muito difícil", pediu Neri, que também informou que não havia qualquer tipo de denúncia referente ao edifício.

Oito botijões foram encontrados em local do desabamento
Segundo coronel da Defesa Civil, apenas perícia vai identificar causa da explosão.
Bombeiros dizem que edifício não tinha autorização para usar gás em botijão.

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir