Categoria Tragédia  Noticia Atualizada em 03-03-2008

40 pessoas moravam em sobrado destruído por fogo em SP
Casa fica na Rua Muniz de Sousa, na Aclimação. Fogo atingiu imóvel às 9h30; bombeiros trabalham no rescaldo
40 pessoas moravam em sobrado destruído por fogo em SP
Foto: Luciana Bonadio/G1

O sobrado atingido por um incêndio na manhã desta segunda-feira (3) na Rua Muniz de Sousa, na Aclimação, em São Paulo, abrigava uma pensão, segundo as famílias que moravam no local. De acordo com o tenente Rodrigo Quintino, do Corpo de Bombeiros, cerca de 40 pessoas viviam no sobrado. Ele informou que as chamas atingiram toda a edificação. "Não sobrou nada", disse.

Apesar das casas muito próximas, o fogo não se espalhou para outras residências. Por volta das 11h30, as equipes trabalhavam no rescaldo do incêndio. Até o horário, a informação era de que todos os moradores conseguiram sair do sobrado e não havia feridos. De acordo com Quintino, o fogo se espalhou rapidamente porque o teto e o piso do sobrado são feitos de madeira.

O pedreiro Moisés Soares da Silva, de 39 anos, morava no andar superior do sobrado. "Deu tempo de tirar o botijão [de gás] e uma TV. Não deu para pegar mais nada", disse. A filha estava na escola e ele preparava o almoço para a menina quando o fogo começou. "A vizinha veio gritando que estava pegando fogo", contou. Foram retirados da pensão dez botijões, que ficaram enfileirados na calçada em frente ao sobrado.

Uma das mais abaladas era a comerciante Rosa Luiz da Silva, de 40 anos. Ela morava com os filhos na pensão e sustentava a família com um pequeno bar no andar térreo. Rosa acompanhava o trabalho dos bombeiros em frente ao sobrado, chorando muito. "Agora eu pergunto o que eu vou fazer, onde vou morar", dizia. A filha dela conseguiu se salvar porque havia saído do prédio para comprar pão.

Luana Borges, de 27 anos, morava no local havia 25 anos. "Eu tinha ido fazer uma entrevista. Quando voltei, foram dez minutos até o fogo começar. Deu tempo de pegar minha sobrinha de um ano e sair", contou. "Eu não peguei mais nada, só a minha bolsa. Estou bem assustada", disse. Luana e o pedreiro Moisés da Silva iriam para casas de parentes.

De acordo com os bombeiros, um engenheiro da subprefeitura irá avaliar o prédio para ver se ainda existem condições de moradia no local. Por volta das 12h, o bar que funcionava embaixo do sobrado começou a ser esvaziado.

Fonte: Luciana Bonadio

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Por:  Giulliano Maurício Furtado    |      Imprimir