Categoria Geral  Noticia Atualizada em 04-03-2008

Disléxicos podem pedir tempo extra para fazer provas.
Em alguns casos, exames também podem ser feitos oralmente.Para diagnosticar o distúrbio, é preciso ter um laudo da ABD.
Disléxicos podem pedir tempo extra para fazer provas.

O drama da personagem Clarissa da novela "Duas caras", da Rede Globo, que é disléxica e tem dificuldades para conseguir levar os estudos adiante, não se resume ao mundo da ficção. Muito pelo contrário. Estima-se que assim como a pesonagem, entre 5% e 17% da população mundial é disléxica.



Clarissa é interpretada pela atriz Bárbara Borges. Na ficção, ela enfrenta sérias dificuldades para ler e conta com a ajuda da mãe para estudar. Para conseguir entrar na faculdade, fez uma prova oral. (Veja vídeo acima)



Segundo Mônica Bianchini, psicóloga e membro da Associação Brasileira de Dislexia (ABD), a dislexia não é uma doença e sim um distúrbio hereditário de aprendizagem que afeta e leitura e a escrita. "A dislexia é um problema genético e as pessoas que têm são absolutamente normais, normalmente possuem inteligência acima da média", afirmou.

Um dos primeiros sinais da dislexia é a demora na leitura, já que por causa do transtorno o disléxico não consegue organizar o processamento das informações recebidas pelo sistema visual. Desta forma, ele não relaciona som e representação visual (letras). "Por isso, a pessoa disléxica é mais lenta e muitas vezes chega a ser confundida com uma pessoa preguiçosa. E isso não é o que acontece", afirmou Mônica.


Uma das características dos disléxicos é "engolir" letras ou até mesmo trocá-las. Por exemplo: em vez de ler "bola" eles podem ler "boa". Em vez de ler "prata" eles podem ler "pirata". "Isso dificulta a compreensão do texto", explicou Mônica. Outra dificuldade é relacionar o som com a escrita, em que no lugar de escrever a palavra 'casa' com "s" eles costumam escrever 'caza' com "z", já que o som da pronúncia é o mesmo.

Disléxicos podem pedir tempo extra para fazer provas.
Em alguns casos, exames também podem ser feitos oralmente.Para diagnosticar o distúrbio, é preciso ter um laudo da ABD.

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Por:  Felipe Campos    |      Imprimir