Categoria Esportes  Noticia Atualizada em 05-03-2008

Pó-de-arroz: PM e torcida não se entendem.
Torcedores acusam comandante do GEPE a não cumprir acordo. Major Busnello nega
Pó-de-arroz: PM e torcida não se entendem.
Foto: Caio Barbosa

A volta do pó-de-arroz ao Maracanã após nove anos de proibição foi muito comemorada pela torcida, a festa ficou bonita e fez muita gente se emocionar, mas quem se dispôs a comprar, transportar e ensacar o talco teve um início de noite complicado. Os integrantes da Legião Tricolor - movimento criado para resgatar a tradição da torcida do Fluminense -, chegaram ao Maracanã por volta das 18h30m com o talco, mas só foram recebidos pelo Major Busnello, comandante do GEPE, às 20h, na rampa da UERJ.

Torcedor Gustavo Ribeiro conversa com Major Busnello, comandante do GEPEOs policiais que faziam a revista dos torcedores não foram autorizados a liberar a entrada do talco, o que gerava apreensão nos tricolores, que temiam não ter tempo hábil para distribuir o talco na arquibancada.

Os torcedores também acusaram Major Busnello de não ter cumprido com sua palavra. Segundo eles, Busnello teria afirmado, no fórum, na presença de um juiz, que liberaria não só o talco, como pisca-piscas e sinalizadores, mas isso não ocorreu, causando um novo transtorno, agora entre as torcidas organizadas.

- A gente não quer confronto com a Polícia, mas acho que o fato de eles terem perdido na Justiça fez eles dificultarem as coisas para todo mundo, impedindo uma festa pacífica. Na frente do juiz e dos advogados, ele garantiu que liberaria tudo, mas ligou para os chefes de torcida dizendo que elas teriam de optar por talco ou pisca-piscas e sinalizadores. Eles optaram pelo piscas e sinalizadores, mas foram impedidos de entrar. Assim, dos trezentos e cinqüenta quilos de talco, só foram trazidos cento e pouco - reclama, chateado, o torcedor Gustavo Ribeiro.

Procurado por dezenas de jornalistas para explicar o porquê da discórdia, o Major Busnello confirmou a proibição da entrada dos pisca-piscas e sinalizadores, alegando desconhecer os efeitos do pó-de-arroz.

- Quero ver como vai ficar o Maracanã com o talco. Não poderia liberar também as fumaças e piscas, senão o espetáculo poderia ficar prejudicado. Neste jogo, teve de ser uma coisa ou outra - explica Busnello, que negou ter autorizado a entrada de tudo o que foi solicitado pelos torcedores na presença de um juiz.

Pó-de-arroz: PM e torcida não se entendem.
Torcedores acusam comandante do GEPE a não cumprir acordo. Major Busnello nega


Fonte:

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Por:  Felipe Campos    |      Imprimir