Categoria Geral  Noticia Atualizada em 13-03-2008

Copom cogitou elevar juros na última semana
Informação consta na ata da última reunião do colegiado
Copom cogitou elevar juros na última semana

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, colegiado responsável pela definição da taxa de juros da economia brasileira, pensou em subir a taxa Selic em sua última reunião, realizada na semana passada. A informação consta na ata do encontro, divulgada nesta quinta-feira (13) pela manhã, e pode ser interpretada também como uma sinalização de que o aumento dos juros estaria mais próximo.

"O Comitê discutiu a opção de realizar, neste momento, um ajuste [elevação] na taxa básica de juros. Um ajuste da taxa básica de juros contribuiria para reforçar a ancoragem das expectativas, não apenas para 2008, mas também no médio prazo, e para reduzir o descompasso entre as trajetórias da demanda e oferta agregadas. Entretanto, prevaleceu o entendimento de que, neste momento, o balanço dos riscos para a trajetória prospectiva central da inflação justificaria a manutenção da taxa básica em seu patamar atual", informa em sua ata.

Em sua última reunião, ocorrida na semana passada, o Copom manteve, pelo quarto encontro consecutivo, a taxa de juros inalterada em 11,25% ao ano. Com isso, o Brasil retornou ao posto de campeão mundial de juros reais, que são calculados com o desconto da inflação - o que vem atraindo dólares para a economia brasileira. A principal missão do BC, entretanto, é conter a inflação e não controlar o nível da moeda norte-americana.

"O Copom avalia que, diante dos sinais de aquecimento da economia e da continuidade da elevação das expectativas de inflação, a despeito de desenvolvimentos de curto prazo favoráveis, são relevantes os riscos para a concretização de um cenário inflacionário benigno, no qual a inflação seguiria consistente com a trajetória das metas, tal como consubstanciado nas suas projeções", acrescenta o BC na ata.



Decisões sobre juros
O Copom orienta suas decisões tendo por base o sistema de metas de inflação. Para este ano e para 2009, a meta central é de 4,5% com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA, utilizado como referência pelo BC pode ficar entre 2,5% e 6,5% nestes dois anos sem que a meta seja formalmente descumprida. A expectativa do mercado financeiro para o IPCA está próxima do centro da meta tanto para 2008 quanto para 2009.

Quando sobe os juros, o BC impede o crescimento dos gastos da população e, conseqüentemente, atua para conter a inflação. Ao baixá-los, estimula o consumo. Quando os mantém, significa que está avaliando o impacto de cortes de juros passados na economia. Analistas dizem que uma redução de juros demora cerca de seis meses para ter impacto pleno.

Copom cogitou elevar juros na última semana. Informação consta na ata da última reunião do colegiado.

Fonte:

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Por:  Felipe Campos    |      Imprimir