Categoria Policia  Noticia Atualizada em 31-03-2008

Vandalismo provoca prejuízo de R$ 600 mil à CPTM
Câmeras de circuito interno mostram ações. Além do prejuízo financeiro, tempo e conforto dos passageiros de SP são afetados
Vandalismo provoca prejuízo de R$ 600 mil à CPTM
Foto: Reprodução

A cada dia, os circuitos de segurança usam mais e mais câmeras mas, nem assim, impedem a violência. Nos dois primeiros meses deste ano, o prejuízo chegou a R$ 600 mil na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Cada trem transporta mais de 100 mil pessoas por dia. Cada vez que um deles precisa ser reformado, toda essa multidão precisa se apertar em outras composições.

Além do prejuízo financeiro, tempo e conforto dos passageiros são afetados.

As câmeras do circuito interno da CPTM mostram os flagrantes desse vandalismo. Os atos começam mesmo antes de os passageiros entrarem na estação. Um dos vídeos mostra que, mesmo na frente de uma segurança, um homem não se intimida. Ele força a catraca e, como ela não funciona, a chuta. Com a violência, a tampa do equipamento ao lado se solta e ele atira a placa contra o funcionário.

Uma outra câmera mostra um passageiro quebrando o controle da catraca e passando sem pagar a passagem. Nas estações, telefones públicos são alvos comuns. Uma mulher é vista batendo forte um fone contra a parede. Algumas partes se soltam.

Tampas de ralo, condutores de cabos, tudo que fica no caminho é alvo de depredação. Nos trens, as marcas são ainda mais fortes. "Já vi gente quebrando a porta, estourando vidros", conta a passageira Roselo Marques.

Em uma composição, há um buraco provocado por uma pedra. "Eles vêem o trem passando e começam a meter pedra. É só para bagunçar mesmo", diz a passageira.

A destruição tem outras motivações. Uma das imagens mostra um rapaz chutando uma janela, que custa R$ 5 mil até quebrar um vidro. Ele quer retirar a moldura de alumínio para revender a um ferro-velho. Quando um vagão é danificado, todos os outros são levados para a oficina. Não é possível retirar apenas a parte afetada. O sistema elétrico do trem é interligado.

Todos os dias até três composições vão para a oficina. Isso quer dizer que os passageiros terão de se reacomodar nos trens em circulação. "Nós vamos pagar por isso. As pessoas teriam de ter consciência de que isso não tá sendo à toa. Está saindo do bolso de cada um", diz o funcionário público Luiz Roberto Damazi.

Menos trens significa também intervalo maior entre um e outro e a demora é a desculpa para mais quebra-quebra.

Em 2007, R$ 4 milhões foram gastos para reparar os casos de vandalismo. Só nos primeiros dois meses deste ano, foram registrados 463 casos - oito por dia.

Fonte:

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Por:  Giulliano Maurício Furtado    |      Imprimir