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Bush diz sim a entrada da Ucrânia e Georgia na OTAN

Em viagem, presidente disse que EUA têm posição sólida de apoio. Última parada do americano é em Moscou, que se opõe ao projeto
Bush diz sim a entrada da Ucrânia e Georgia na OTAN

Foto: Mandel Ngan/AFP

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, expressou nesta terça-feira (1º) seu apoio às aspirações de Geórgia e Ucrânia de fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Em entrevista coletiva ao lado de seu colega ucraniano, Viktor Yushchenko, Bush afirmou que os "EUA apóiam firmemente a solicitação" de Kiev e Tbilisi de receber um plano de ação que abra o caminho para uma futura integração plena dentro da aliança, e assegurou que defenderá esta postura na cúpula da Otan.

"Minha posição é completamente sólida, Ucrânia e Geórgia devem receber um plano de ação", sustentou Bush.

O presidente americano deve chegar esta noite a Bucareste para participar da cúpula da aliança que começa nesta quarta-feira (2) e que terá no aumento de tropas para a missão no Afeganistão e na ampliação em direção ao leste europeu seus principais debates.

Bush defende a necessidade de oferecer à Ucrânia e à Geórgia um "plano de ação".

No entanto, outros países, como a Alemanha, se opõem a essa iniciativa, com o argumento das fortes divisões internas em ambos os países e a existência de conflitos separatistas na Geórgia.

O governo de Moscou, por sua vez, também se mostra contrário à abertura em direção a Kiev e Tbilisi.

Yushchenko afirmou que escutar a Rússia neste caso equivaleria a permitir um "veto" por parte de um país que "nem sequer é membro da aliança", e assegurou que a solicitação "não é uma política contra nenhum país".

Oposição francesa
O primeiro-ministro da França, François Fillon, disse que seu país se opõe à entrada da Ucrânia e da Geórgia na Otan.

"Somos contra a entrada da Geórgia e da Ucrânia, pois pensamos que não é uma boa resposta ao equilíbrio das relações de poder na Europa e entre Europa e Rússia", declarou Fillon à rádio francesa "France Inter".

Reunião com Putin
Bush deve se reunir com o presidente russo, Vladimir Putin, ao término de sua viagem pela Europa do Leste, no próximo domingo (6), em Sochi (Rússia).

Os dois governantes falarão sobre um empecilho que, junto às aspirações atlânticas de Kiev e Tbilisi, causou a ira de Moscou: o plano dos EUA de instalar um escudo antimísseis no leste europeu, que Putin considera "uma ameaça".

Bush assegurou que o escudo "não é um sistema contra a Rússia", e tratará de expressar essa mensagem em sua reunião com Putin, provavelmente a última de ambos como presidentes.

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Por: Giulliano Maurício Furtado | Imprimir