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Bush pede mais tropas da Otan no Afeganistão

Presidente americano fez "convite" para a Rússia no caso dos mísseis.
Bush pede mais tropas da Otan no Afeganistão

Foto: Gerald Herbert/AP

O presidente dos Estados Unidos pediu nesta quarta-feira (2) aos países da Otan o envio de mais tropas ao Afeganistão. George W. Bush considera que é necessário que a Aliança transforme esta missão em sua principal prioridade.

Em um discurso em Bucareste, na Romênia, antes da abertura da reunião de cúpula da Otan, Bush citou a decisão americana de enviar mais de 3.000 marines adicionais ao Afeganistão, assim como o anúncio da França de que reforçará sua presença no país.

"Pedimos a outros países que também enviem tropas adicionais", afirmou.

"A ameaça terrorista é real, é mortal, e vencer este inimigo é a principal prioridade da Otan. Nossa aliança deve permanecer decidida a realizar este combate", acrescentou.

Integração com russos
Bush propôs também uma cooperação estratégica de um "nível sem precedentes" entre a Rússia e a Otan, incluindo a instalação em países da antiga União Soviética de partes do sistema de defesa antimísseis da Europa.

O presidente americano "convidou" a Rússia a unir-se ao "esforço colectivo" da defesa antimísseis da Europa.

Bush também mencionou a proposta de seu colega russo, Vladimir Putin, de instalar um radar detector no Azerbaijão.

"Acreditamos que estas instalações poderiam ser incorporadas a um sistema mais amplo de detecção de ameaças, o que poderia resultar em um nível de cooperação estratégica sem precedentes entre a Rússia e a Aliança Atlântica", afirmou.

Apoio de ex-soviéticos
Bush voltou a defender a necessidade de ampliar a Otan em direção ao leste, em particular com uma futura admissão das ex-repúblicas soviéticas, Ucrânia e Geórgia.

Hoje, a organização oferecerá a entrada a Croácia, Albânia e Macedônia, lembrou o presidente.

Sem Olimpíadas
Congressistas dos Estados Unidos pediram nesta terça-feira (1) que Bush reconsidere sua decisão de assistir aos Jogos Olímpicos de Pequim, em agosto, como sinal de protesto pela violenta reação da China contra manifestantes do Tibete.

Em carta assinada por 15 legisladores, a maioria democrata, os congressistas, liderados por Maxine Waters (Califórnia), qualificam de "inadequada" a decisão de Bush de viajar à China para assistir à Olimpíada.

"Seria claramente inadequado que o senhor assistisse aos Jogos Olímpicos na China, dada a natureza cada vez mais repressiva do Governo desse país", destacaram os congressistas em sua carta.

"Os Jogos Olímpicos são o evento esportivo internacional mais honorável, venerado e prestigioso no mundo, e sua presença somente serviria para aumentar a honra e o prestígio da China como anfitrião do evento", acrescentaram.

Os congressistas alegaram ainda que "líderes de todo o mundo representando vários países debatem atualmente de maneira aberta a possibilidade de boicotar a cerimônia inaugural dos Jogos Olímpicos".

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou que não descarta a possibilidade de um boicote à cerimônia de abertura, em função da maneira com a qual a China trata a situação no Tibete, e outros líderes de Alemanha, Noruega e Austrália se pronunciaram no mesmo sentido, ressaltaram na carta.

Outros líderes e políticos de Polônia, Estônia e República Tcheca "já anunciaram que não assistirão à cerimônia", acrescentaram.

Os legisladores lembraram a Bush os métodos repressivos que a China utiliza contra manifestantes do Tibete, a restrição do acesso a jornalistas estrangeiros à zona e a advertência de grupos defensores dos direitos humanos de que os detidos correm o risco de ser submetidos a torturas.

"Por tudo isso, recomendamos que renuncie a sua decisão de assistir aos Jogos Olímpicos na China e pedimos ao governo desse país que mude sua política e comece a respeitar os padrões internacionais de direitos humanos", concluíram os congressistas.

Bush pede mais tropas da Otan no Afeganistão
Presidente americano fez "convite" para a Rússia no caso dos mísseis.
Congressistas democratas pedem que Bush não acompanhe os Jogos Olímpicos na China.

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Por: Alexandre Costa Pereira | Imprimir