Categoria Policia  Noticia Atualizada em 02-04-2008

Delegado e advogado divergem sobre relato de testemunhas
Duas pessoas disseram ter ouvido gritos de "P�ra, pai", vindos de uma crian�a.
Delegado e advogado divergem sobre relato de testemunhas
Foto: G1

O depoimento de duas testemunhas est� colocando a pol�cia de um lado e a defesa do consultor jur�dico Alexandre Nardoni do outro. Ele � pai de Isabella, de 5 anos, que morreu na noite de s�bado (29). Ela foi encontrada no jardim de um pr�dio da Zona Norte de S�o Paulo e a pol�cia investiga se ela foi agredida e arremessada ou caiu do 6� andar. De acordo com os relatos colhidos pelos policiais, na mesma noite vizinhos teriam ouvido uma crian�a gritar "P�ra, pai! P�ra, pai".

"P�ra, pai! P�ra, pai" � porque o pai estava fazendo alguma coisa errada. N�o se sabe se a voz era da crian�a que morreu", disse nesta ter�a-feira (1�) o delegado Calixto Calil Filho, titular do 9� DP (Carandiru), onde est�o concentradas as investiga��es.

J� o advogado de Nardoni, Ricardo Martins, disse aos jornalistas na porta da delegacia que a exclama��o da crian�a leva a mais de uma interpreta��o. "Veja bem, uma pessoa que est� em uma situa��o de risco fala p�ra, p�ra e chama quem? Ela chama o pai: Pai, p�ra. Pai, pai!", exclamou o advogado.

Isabella morreu por volta de 23h30 de s�bado, quando chegou com o pai, a madrasta e dois irm�os menores ao pr�dio no bairro do Carandiru. Nardoni disse � pol�cia que levou a menina para o quarto dela, onde ficou dormindo, e que depois foi buscar a mulher e os outros filhos na garagem.

Contou ainda que, ao voltar ao apartamento, viu a tela da janela cortada e o corpo da crian�a no jardim do edif�cio. Segundo os peritos, Isabella foi jogada do quarto dos irm�os e havia vest�gios de sangue no im�vel.

Quando os bombeiros chegaram, encontraram a menina viva, mas ela tinha sofrido uma parada card�aca. Houve tentativa de reanima��o. Isabela foi colocada em uma ambul�ncia e morreu a caminho do hospital.

Nesta ter�a-feira, a pol�cia ouviu seis pessoas: tr�s moradores do condom�nio, dois ex-vizinhos do casal e o primeiro policial militar a chegar ao local.

Rotina
No pr�dio, ningu�m fala para onde Nardoni e a fam�lia foram, apesar de a sacada da casa estar aberta. A rotina mudou. Os funcion�rios e vizinhos mant�m sigilo sobre o caso. "A gente n�o est� autorizado a dar nenhuma declara��o", contou um porteiro. "no pr�dio, hoje nem prestador de servi�o pode entrar", disse. Uma empregada resumiu o sentimento no local. "T� meio triste, n�? T� triste".

Delegado e advogado divergem sobre relato de testemunhas
Duas pessoas disseram ter ouvido gritos de "P�ra, pai", vindos de uma crian�a.
Isabella morreu ao cair do sexto andar de um pr�dio na Zona Norte, no s�bado (29).

Fonte:

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir