Categoria Geral  Noticia Atualizada em 02-04-2008

Estado registra mais de 57 mil casos de dengue só neste ano.
Número de mortes subiu de 54, no último balanço quarta passada, para 67.
Estado registra mais de 57 mil casos de dengue só neste ano.

A Secretaria estadual de Saúde do Rio de Janeiro divulgou na tarde desta quarta-feira (2) que foram registrados 57.010 casos de dengue em todo o estado neste ano. Segundo a assessoria da secretaria, foram confirmadas 67 mortes causadas pela doença, 13 a mais dos números divulgados na quarta-feira (26), que registravam 54 óbitos.

Os municípios que apresentam mais casos são a capital (36.647), Angra dos Reis (3.711), Nova Iguaçu (3.643), Campos (2.505). Duque de Caxias (1.405) e São João de Meriti (1.396).

Das 67 mortes confirmadas, 21 foram pelo tipo hemorrágico da doença. Segundo a secretaria, 32 óbitos são de crianças com até 13 anos de idade. Segundo a assessoria, 58 mortes ainda estão sendo investigadas.

Estado registra mais de 57 mil casos de dengue só neste ano.
Número de mortes subiu de 54, no último balanço quarta passada, para 67.Segundo assessoria, Rio lidera os números com mais de 36 mil pessoas infectadas.

Prefeitura anuncia medidas
Depois de 44 mortes confirmadas só no município do Rio e do caos no atendimento que tomou conta de postos e hospitais, a Prefeitura do Rio anunciou nesta quarta-feira uma série de medidas para reforçar e humanizar o atendimento nas unidades médicas.

As ações incluem desde o reforço na carga horária de até 900 profissionais, aumentando o número de postos abertos no fim de semana para 83, até a distribuição de repelentes a vítimas da doença. Além disso, o Hospital de Acari será finalmente inaugurado na quinta-feira (3), após ficar desde 2004 de portas fechadas.

Em entrevista coletiva, o secretário municipal de Saúde, Jacob Kligerman, afirmou que, desse total de vagas para reforço de carga horária, 40% foram aceitas por médicos e enfermeiros que já atuam na rede de saúde do Rio. As demais poderão ser preenchidas por residentes e até médicos aposentados que queiram retornar à ativa.

A prioridade é para especialidades como pediatria e saúde pública. Esses profissionais vão receber R$ 2,5 mil por mês, por quatro plantões de 24 horas. Os gastos da prefeitura com essa medida chegarão a R$ 1 milhão por mês.

Apoio de São Paulo
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou no início da tarde desta quarta-feira que São Paulo ofereceu ajuda para o Rio de Janeiro no tratamento de infectados pela dengue.

Nós tornamos disponível, se for necessário, isso não foi pedido, a possibilidade de fazer, aqui em São Paulo, 100 mil exames para ver se a pessoa tem dengue, caso isso tenha faltado no Rio de Janeiro, até mesmo leitos hospitalares se a falta for muito dramática e justificar o deslocamento, disse Serra.

Segundo o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, a oferta dos exames e de 200 leitos nos hospitais Emílio Ribas, Cândido Fontoura e Darcy Vargas foi feita nesta quarta-feira. O governo fluminense ainda não respondeu.

Os exames seriam feitos por um laboratório particular de São Paulo, cujo nome não foi divulgado, e o resultado poderia ser conhecido via internet. Ainda no início desta tarde, Serra afirmou que fará uma reunião com os diretores das principais instituições de saúde do estado para analisar a possibilidade de enviar médicos ao Rio de Janeiro.

Médicos de Cuba
Já governador fluminense, Sérgio Cabral, afirmou que poderá convidar médicos de Cuba para ajudar no tratamento de pacientes com dengue. Ao participar do início das obras de construção do sistema de tratamento de esgoto do Receio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, na manhã desta quarta-feira, ele disse que vai aguardar até o próximo domingo (6) quando deverão chegar os médicos convocados de outros cinco estados do Brasil para avaliar a necessidade de se contatar ou não os médicos estrangeiros.

Até o fim de semana vamos fazer uma avaliação dessa convocação. Não podemos perder tempo. Cuba tem uma excelente tradição na área de saúde pública, tradição de solidariedade com povos que precisam de seu apoio, disse Cabral.

Também para compensar a falta de médicos, a Secretaria estadual de Saúde abriu concurso para pediatras, clínicos e intensivistas adultos e pediátricos para trabalhar em plantões de 12 ou de 24 horas para dar conta da epidemia de dengue no Rio.

Apoio da polícia
Querendo ajudar, o secretário de Segurança Pública do estado do Rio, José Mariano Beltrame, ofereceu áreas da polícia para ajudar no combate à dengue. Segundo a secretaria, os pátios de batalhões e auditórios das delegacias legais podem ser usados pela Secretaria de Saúde se for necessário.

Estado registra mais de 57 mil casos de dengue só neste ano.
Número de mortes subiu de 54, no último balanço quarta passada, para 67.

Fonte:

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Por:  Felipe Campos    |      Imprimir