Categoria Geral  Noticia Atualizada em 03-04-2008

Greve dos Correios atrapalha entrega de 38 milhões de cartas
Funcionários analisam proposta do governo nesta quinta-feira. Paralisação começou na terça-feira, por causa do fim de abono emergencial
Greve dos Correios atrapalha entrega de 38 milhões de cartas
Foto: Reprodução/TV Globo

A greve dos funcionários dos Correios causou a retenção de 38 milhões de correspondências entre terça-feira (1º) e a manhã desta quinta-feira (3), segundo a assessoria de imprensa da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Nos dias normais de trabalho, a média é de 33 milhões de entregas.

Em São Paulo, 4,7 milhões de cartas e pacotes deixaram de ser levados aos remetentes. Em números absolutos, foi o estado que teve mais correspondências retidas.

Os funcionários cruzaram os braços na terça-feira. Eles pediam a continuidade do pagamento do abono emergencial de 30% do salário. O bônus vinha sendo pago desde dezembro passado em substituição ao adicional de periculosidade, criado por projeto de lei, mas vetado em seguida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A greve foi deflagrada porque o pagamento do abono foi suspenso no mês de março.

Na negociação, os representantes dos trabalhadores aceitaram a proposta do governo de prorrogação do abono emergencial por 90 dias. Depois desse período, esse benefício será pago como adicional de risco.

O secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), Manoel Cantoara, informa que os sindicatos estão realizando assembléias em todo o país para decidirem se aceitam a proposta e encerram a paralisação.

A entidade diz que, até quarta-feira (2), 70 mil funcionários pararam de trabalhar. Já a assessoria dos Correios afirma que, nesse dia, 21 mil pessoas cruzaram os braços.

Serviços suspensos
Os Correios informam que os serviços de entrega rápida, como Sedex 10, Sedex Hoje e Disque Coleta, permanecem suspensos enquanto a maioria dos funcionários estiver parada.

Fonte:

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Por:  Giulliano Maurício Furtado    |      Imprimir