Categoria Politica  Noticia Atualizada em 04-04-2008

Chávez diz que situação de Ingrid é: extremamente complicada
Presidente da Venezuela pede a Sarkozy para que os EUA entrem no caso
Chávez diz que situação de Ingrid é: extremamente complicada
Foto: Simon Garcia/AFP

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, qualificou de extremamente complicada a missão humanitária ativada pela França para resgatar Ingrid Betancourt, e pediu aos governos da Colômbia e dos Estados Unidos um conjunto de gestos para reativar o processo de troca humanitária colombiana. "Estou disposto a seguir cooperando, mas a situação está muito complicada, extremamente complicada", afirmou Chávez, horas depois de as Farc dizerem que não há qualquer tipo de negociação nova para a libertação de reféns.

Saiba quem é Ingrid Betancourt


Chávez sugeriu nesta quinta-feira (3) ao presidente francês, Nicolas Sarkozy, que converse com o líder americano, George W. Bush, sobre a missão médica para socorrer a franco-colombiana Ingrid Betancourt e outros reféns das Farc.

Presidente Sarkozy, vamos a Caguan, diga ao presidente Bush que ele tem muito a ver com isto, fale com Bush, revelou Chávez em rede nacional de rádio e televisão sobre os detalhes da conversa que manteve com o líder francês.  

Recomendei a Sarkozy: fale você com o presidente dos Estados Unidos, diga que ele pode fazer muito ali. Eu estou disposto, como Sarkozy, a ir buscar Ingrid, disse.

Segundo Chávez, os Estados Unidos estão caçando o secretário das Farc, Iván Márquez. "Os EUA têm tecnologia muito avançada e têm bombas inteligentes", afirmou.

< Nesta quinta-feira (3), a França enviou um avião com uma equipe médica a Bogotá para socorrer Ingrid Betancourt, mas aguarda uma autorização da guerrilha para chegar à refém franco-colombiana.

 Desrespeito

O presidente venezuelano qualificou como &quot;desrespeitoso&quot; o gesto colombiano de remeter a Caracas documentos que provariam seus supostos vínculos com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.
Chávez disse que não dá nenhuma credibilidade a esses documentos, e alertou que essa atitude &quot;desrespeitosa&quot; do governo de seu colega da Colômbia, Álvaro Uribe, não contribui ao restabelecimento das boas relações bilaterais. Segundo Bogotá, os documentos que evidenciariam os nexos de Caracas com as Farc foram achados em um computador do líder guerrilheiro Raúl Reyes, número 2 desse grupo armado, que foi morto pelo exército colombiano.
&quot;Não temos nada que fazer com isso (os documentos enviados pela Colômbia) e não lhe damos nenhuma credibilidade. A Venezuela se respeita. E fazemos um apelo ao presidente Uribe: queremos restabelecer as relações (bilaterais), mas assim não dá&quot;, disse Chávez.

(*) com informações da Efe e France Presse

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir