Ana Carolina de Oliveira falou com exclusividade ao Jornal Hoje
Foto: G1 Ana Carolina de Oliveira, mãe de Isabella
Nardoni, morta no sábado passado (29) em um
prédio na Zona Norte de São Paulo, disse
neste sábado (5) em entrevista exclusiva ao
Jornal Hoje que está satisfeita com o
andamento das investigações da morte de sua
filha.
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"Eu acho que (as investigações) estão
caminhando muito bem. O processo acho que em
uma semana já até que caminhou bem. Vai
demorar mais um mês. Eu quero que demore o
tempo necessário para que encontrem o
culpado, que tenha justiça mesmo", disse.
Ela afirmou não saber se o seu depoimento à
polícia na quarta-feira passada (2) foi
fundamental para a que as prisões
temporárias de Alexandre Nardoni e Anna
Carolina Jatobá fossem decretadas pela
Justiça. Mais cedo, ela evitou fazer
comentários sobre a investigação.
A bancária, que completa 24 anos neste
sábado, disse ainda que sua força vem da
alegria que Isabella expressava todos os
dias. "Ela não gostava de ver ninguém
chorando. Uma vez ela me disse: ‘a única
coisa que eu não gosto é de ver você
triste’", disse Ana Carolina.
Sobre a possível criação de uma organização
não-governamental (ONG), intenção
manifestada por um grupo de estudantes, a
mãe de Isabella disse que pretende ajudar em
tudo o que puder. Segundo os organizadores,
a ONG em prol da paz será dedicada a apoiar
mães que perderam seus filhos em razão da
violência.
Versão do
pai
A polícia trabalha sobre a versão contada
pelo pai da criança que, desde o primeiro
dia, afirma ser inocente. Ele conta que
deixou a menina em um quarto, dormindo,
enquanto foi até a garagem ajudar a mulher a
subir com os outros dois filhos. A família
havia chegado de um jantar na casa da sogra
dele, por volta de 23h30.
Alexandre Nardoni afirma que deixou o imóvel
trancado depois de colocar a menina na cama.
Quando subiu, viu que ela não estava no
cômodo e percebeu que a tela de proteção na
janela estava rasgada. Em seguida, relatou
ter visto o corpo da criança no jardim.
Em cartas divulgadas à imprensa nesta semana
Alexandre e sua mulher, Anna Carolina
Jatobá, dizem não serem culpados pela morte
e afirmam que a "verdade prevalecerá".
Investigações
O promotor Francisco José Taddei
Cembranelli disse na sexta-feira (4) que não
descarta a possibilidade de ela ter sido
colocada na grama do jardim e não ter sido
arremessada. "Isso vai se comprovar com a
conclusão das investigações policiais",
disse ele, em entrevista coletiva à
imprensa. Segundo ele, todas as hipóteses
serão averiguadas.
Na opinião do promotor, entre os pontos que
devem ser esclarecidos, está o momento em
que a família chegou ao prédio e subiu ao
apartamento. De acordo com o inquérito, o
casal teria chegado ao prédio por volta das
23h30 e o porteiro diz ter ouvido um
barulho, que seria da queda de Isabella,
entre 23h45 e 23h55.
Segundo a versão dada pelo pai à polícia,
não se passaram mais que cinco ou sete
minutos o período em que ele leva a criança
para o apartamento, retorna ao carro e volta
a subir para o apartamento no 6º andar.
Ainda segundo Cembranelli, até que os
bombeiros e policiais chegassem, o corpo de
Isabella não foi tocado. "Não foi mexido.
Não houve desespero de ninguém em prestar um
socorro imediato", afirmou.
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Ana Carolina de Oliveira falou com exclusividade ao Jornal Hoje.
‘Quero que encontrem o culpado’, afirmou ela
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