Categoria Policia  Noticia Atualizada em 05-04-2008

Investigações caminham bem, diz mãe de Isabella
Ana Carolina de Oliveira falou com exclusividade ao Jornal Hoje
Investigações caminham bem, diz mãe de Isabella
Foto: G1

Ana Carolina de Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, morta no sábado passado (29) em um prédio na Zona Norte de São Paulo, disse neste sábado (5) em entrevista exclusiva ao Jornal Hoje que está satisfeita com o andamento das investigações da morte de sua filha.

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"Eu acho que (as investigações) estão caminhando muito bem. O processo acho que em uma semana já até que caminhou bem. Vai demorar mais um mês. Eu quero que demore o tempo necessário para que encontrem o culpado, que tenha justiça mesmo", disse.

Ela afirmou não saber se o seu depoimento à polícia na quarta-feira passada (2) foi fundamental para a que as prisões temporárias de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá fossem decretadas pela Justiça. Mais cedo, ela evitou fazer comentários sobre a investigação.

A bancária, que completa 24 anos neste sábado, disse ainda que sua força vem da alegria que Isabella expressava todos os dias. "Ela não gostava de ver ninguém chorando. Uma vez ela me disse: ‘a única coisa que eu não gosto é de ver você triste’", disse Ana Carolina.

Sobre a possível criação de uma organização não-governamental (ONG), intenção manifestada por um grupo de estudantes, a mãe de Isabella disse que pretende ajudar em tudo o que puder. Segundo os organizadores, a ONG em prol da paz será dedicada a apoiar mães que perderam seus filhos em razão da violência.

 

 Versão do pai

A polícia trabalha sobre a versão contada pelo pai da criança que, desde o primeiro dia, afirma ser inocente. Ele conta que deixou a menina em um quarto, dormindo, enquanto foi até a garagem ajudar a mulher a subir com os outros dois filhos. A família havia chegado de um jantar na casa da sogra dele, por volta de 23h30.

Alexandre Nardoni afirma que deixou o imóvel trancado depois de colocar a menina na cama. Quando subiu, viu que ela não estava no cômodo e percebeu que a tela de proteção na janela estava rasgada. Em seguida, relatou ter visto o corpo da criança no jardim.

Em cartas divulgadas à imprensa nesta semana Alexandre e sua mulher, Anna Carolina Jatobá, dizem não serem culpados pela morte e afirmam que a "verdade prevalecerá".

 Investigações

O promotor Francisco José Taddei Cembranelli disse na sexta-feira (4) que não descarta a possibilidade de ela ter sido colocada na grama do jardim e não ter sido arremessada. "Isso vai se comprovar com a conclusão das investigações policiais", disse ele, em entrevista coletiva à imprensa. Segundo ele, todas as hipóteses serão averiguadas.

Na opinião do promotor, entre os pontos que devem ser esclarecidos, está o momento em que a família chegou ao prédio e subiu ao apartamento. De acordo com o inquérito, o casal teria chegado ao prédio por volta das 23h30 e o porteiro diz ter ouvido um barulho, que seria da queda de Isabella, entre 23h45 e 23h55.

Segundo a versão dada pelo pai à polícia, não se passaram mais que cinco ou sete minutos o período em que ele leva a criança para o apartamento, retorna ao carro e volta a subir para o apartamento no 6º andar. Ainda segundo Cembranelli, até que os bombeiros e policiais chegassem, o corpo de Isabella não foi tocado. "Não foi mexido. Não houve desespero de ninguém em prestar um socorro imediato", afirmou.

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir