Categoria Geral  Noticia Atualizada em 09-04-2008

Chegada das chuvas motiva festas no interior do Rio Grande
As chuvas que causaram mortes e destrui��o no interior do Rio Grande no Norte tamb�m foram festadas em munic�pios
Chegada das chuvas motiva festas no interior do Rio Grande
Foto: Paulo Francisco/Especial para o UOL

As chuvas que causaram mortes e destrui��o no interior do Rio Grande no Norte nos �ltimos dias tamb�m foram motivos de festa para as popula��es de v�rios munic�pios onde seus a�udes voltaram a transbordar depois de quatro anos de seca. Dos cerca de 85 a�udes e barragens existentes no Estado, a metade estava "sangrando" nesse �ltimo final de semana.

A maior barragem do Estado, a engenheiro Armando Ribeiro Gon�alves, em A�u, com 2,4 bilh�es de metros c�bicos de capacidade de armazenamento, est� "sangrando" desde a semana passada, o que vem atraindo muitos visitantes. O mesmo ocorreu com a de Santa Cruz, em Apodi, a segunda maior, com quase 600 milh�es de metros c�bicos, segundo a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos H�dricos.
Em Acari, o a�ude Gargalheiras, com capacidade para armazenar 36 milh�es de metros c�bicos, h� quatro anos n�o sangrava, o que levou muita gente para ver a �gua descer de um vertedouro de mais de 10 metros de altura, criando uma cachoeira.

O espet�culo das �guas atraiu moradores da regi�o, criando em torno do a�ude uma �rea de com�rcio, com a venda de bebidas e petiscos.

Em Cruzeta, a 240 km de Natal, os moradores aproveitaram para tomar banho nas �guas do a�ude. Barracas tamb�m foram armadas para a venda de bebidas e comida.

A subida dos rios Piranha-A�u e Apodi-Mossor�, que abastecem estas duas barragens, causou inunda��es em mais de 35 munic�pios dos vales do A�u e Apodi, deixando cerca de 2.500 fam�lias desabrigadas.

Na regi�o do Serid�, a 230 km ao oeste de Natal, a sangria dos a�udes nos munic�pios de Acari (Gargalheiras), Caic� (Itans), Parelhas (Boqueir�o) e Cruzeta levou muitos moradores para assistir o espet�culo das �guas descendo os vertedouros.

Os t�cnicos e engenheiros do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS) est�o monitorando os principais a�udes do Estado, mas a Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gon�alves � a que requer mais aten��o. Atualmente, a l�mina de �gua acima da sangria est� em dois metros. O limite m�ximo � de 5,2 metros.

Segundo o t�cnico do DNOCS, Geraldo Margela, que monitora a barragem desde 1983, data de sua inaugura��o, no caso do volume das �guas subir at� o limite m�ximo, um dispositivo de seguran�a faz uma parte da parede da barragem se romper em tr�s fases (diques), evitando a sua destrui��o completa. Mas o volume de �gua a ser liberado ser� t�o grande que poder� destruir uma ponte na BR-304 que liga Natal a Mossor� e ainda inundar v�rias cidades do Vale do A�u, como A�u, Ipangua�u, Alto do Rodrigues, Carnaubais, Porto do Mangue, Pend�ncias e Macau.

A Empresa de Pesquisa Agropecu�ria do Rio Grande do Norte (Emparn) que faz o acompanhamento das precipita��es fluviais no Estado j� contabilizou nesse primeiros tr�s meses de 2008 um volume de 500 mm de chuvas. Em per�odo normal, o Estado registra anualmente 700 mm.

Segundo o presidente da Emparn, Henrique Santana, os per�odos de chuvas no Rio Grande do Norte ocorrem normalmente entre janeiro e junho. "A previs�o para o Estado � continuar chovendo forte at� o final de maio", disse ele.

Chegada das chuvas motiva festas no interior do Rio Grande do Norte.

Fonte: Paulo Francisco
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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir