Categoria Geral  Noticia Atualizada em 09-04-2008

No 2º dia bazar de Abadia já vira saldão
Bazar abriu ao meio-dia e será realizado até as 19h. Foram distribuídas 300 senhas e visitantes entram em grupos de 30
No 2º dia bazar de Abadia já vira saldão
Foto: Luísa Brito/G1

Para evitar tumulto no segundo dia do bazar, nesta quarta-feira (9), com produtos que pertenciam ao megatraficante colombiano Juan Carlos Abadia, os organizadores distribuíram 300 senhas para quem estava na fila por volta das 11h e estão organizando a entrada das pessoas em grupos de 30.

O bazar, que é realizado no Jockey Club, na Zona Sul de São Paulo, abriu ao público ao meio-dia e ficará aberto até as 19h. No primeiro dia, na terça-feira (8), houve tumulto no local devido à grande quantidade de pessoas que queriam entrar no bazar. Segundo a Polícia Militar, 5 mil pessoas estiveram no local. De acordo com os organizadores, 85% dos cerca de 3 mil itens do evento foram comprados no primeiro dia.

Nesta quarta, ainda restam roupas e sapatos masculinos e femininos, alguns móveis, colchões e poucas roupas de cama e banho. Todos os aparelhos eletroeletrônicos e os eletrodomésticos foram vendidos na terá.

Para não perder a chance de entrar no local, a dona-de-casa Noemia Couto, de 62 anos, disse ter chegado ao Jockey às 4h50 acompanhanda do filho, de um genro e de um neto de 17 anos. "Quero comprar roupa de cama, sandália, perfume", contou ela, que até as 13h, não havia encontrado nada que a agradasse. Seu filho, o estudante Riva Oliveira, de 25 anos, também se decepcionou. "Só tem roupa e tênis de ciclista. Queria roupa social", contou. A família mora em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.

R$ 200 mil

O bazar arrecadou R$ 200 mil só no primeiro dia, segundo a assessoria de imprensa do evento. O dinheiro será revertido à Fundação Julita, uma ONG que atende desde bebês de dois meses até idosos e oferece educação infantil, complementar, profissionalizante e alfabetização para idosos, e à entidade beneficente Ten Yad, que oferece refeições a pessoas carentes. Ambas ficam em São Paulo.

O valor arrecadado deve aumentar nesta quarta, com a venda dos itens que restaram do bazar e também com a realização de um leilão com bens mais caros como dois carros, bicicletas, canetas e três TVs (duas de 70 polegadas e uma de 61 polegadas), além de cerca de 100 relógios. Segundo a assessoria de imprensa do evento, se forem vendidos todos relógios a expectativa é arrecadar pelo menos R$ 1 milhão.

O leilão será realizado na noite desta quarta-feira. A entrada para o evento será aberta, mas controlada. O lance mínimo será de pelo menos 30% do valor de mercado do objeto.

Filas e confusão
Filas e confusão marcaram o primeiro dia de bazar na terça-feira. Logo na entrada, cerca de 5 mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, esperavam para tentar chegar até as 19 salas onde os objetos estavam expostos.

Alguns consumidores se aglomeraram na porta e quando a polícia tentou organizar a fila houve empurra-empurra. Uma mulher chegou a passar mal depois de inalar gás pimenta. Por volta das 14h, cerca de duas horas depois de abrir os portões ao público, os organizadores foram obrigados a fechar as portas, por excesso de visitantes.

Dentro do Jockey, a situação não era diferente. Havia fila para chegar ao prédio onde estavam os objetos. Uma vez no edifício, o visitante enfrentava filas de novo, para pagar e, no caso de algumas salas, para entrar. Na que estavam expostos os sapatos e bolsas da mulher de Abadia, os interessados aguardavam atrás de uma porta de vidro cerca de 20 minutos para conseguir ter acesso aos objetos.

Fonte:

Acesse o G1

 
Por:  Giulliano Maurício Furtado    |      Imprimir