Categoria Geral  Noticia Atualizada em 14-04-2008

Estudar após a aula facilita aprendizado
Método tem base científica: memória de curto prazo é a chave. O bom sono ajuda a fixar o conteúdo na memória de mais longa duração
Estudar após a aula facilita aprendizado
Foto: Reprodução

Estudar a matéria dada pelo professor logo após a aula faz toda a diferença no aprendizado. A explicação científica para isso é a chamada memória de curto prazo. Por isso, vale a regra repetida no cursinho: "Aula dada é aula estudada", segundo afirma o professor Luiz Ricardo Arruda. "Na aula, você entende a matéria, mas o aprendizado é outro estágio", diz.

Quando se faz uma conta de cabeça, por exemplo, os números são armazenados na chamada memória de curto prazo. No córtex cerebral fica a memória de longo prazo; entre esses dois arquivos do cérebro há uma memória de duração intermediária, onde ficam as matérias reestudadas, repetidas para o cérebro.

E é o sono que facilita a passagem dos "arquivos" a memória intermediária para a de longo prazo. Por isso, se o aluno deixar para estudar a matéria no dia seguinte, o aproveitamento vai ser menor.

Vinte minutos de estudo em casa para cada nova matéria é o esquema ideal, ensinam os professores. "Vamos supor que você teve seis aulas no dia. Você teria que estudar pelo menos quatro horas à tarde – duas horas, meia hora de intervalo, e aí mais duas horas", ensina Arruda.

Ano do urso
Aprender a administrar o tempo é mais um desafio para manter cabeça e corpo em dia. "O ano fica muito corrido, então a gente acaba engordando por causa dos estudos", conta Talita Aparecida Mendes, de 19 anos. "Tem um pessoal que até brinca e fala que as meninas têm a síndrome do urso polar: ficam brancas, gordas e peludas."

Fixando o conteúdo
Para ter um bom desempenho, o estudante deve entender o que as perguntas pedem. Às vezes, só o dicionário pode ajudar. "O estudante deve deixar sempre o dicionário do lado, e deve deixar de lado a preguiça de procurar significados", aconselha o professor de português Fernando Teixeira de Andrade.

Outra dica, da professora de literatura Maria Aparecida Custódio é ler e reescrever, todos os dias, uma notícia de jornal. "Esse é um excelente exercício de aprimoramento do vocabulário. Primeiro, o aluno se familiariza com a forma de escrever e, depois, exercita os sinônimos", afirma.

Até os blogs, paixão dos adolescentes, podem ajudar. "Mesmo que a densidade [do conteúdo] seja menor, de qualquer forma é uma aproximação importante com as letras e com a concentração na busca do sentido", avalia Andrade.

Fonte:

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Por:  Giulliano Maurício Furtado    |      Imprimir