Categoria Geral  Noticia Atualizada em 15-04-2008

Isabela testemunhas dizem que brigas de casal eram violenta
Vizinhos de Anna Carolina e Alexandre Nardoni contestam vers�o de casamento est�vel
Isabela testemunhas dizem que brigas de casal eram violenta
Foto: Reprodu��o

No quarto dos irm�os, onde Isabella, de 5 anos, passou seus �ltimos momentos de vida, ainda se v� uma mancha de sangue no colch�o. Foi o que constataram peritos que fotografaram o apartamento no 6� andar de um pr�dio da Zona Norte de S�o Paulo, de onde a menina e morreu na noite de 29 de mar�o. Fotos tamb�m foram tiradas do parapeito da janela do c�modo das crian�as e do gramado onde foi encontrado o corpo da crian�a.

O im�vel pertence ao pai de Isabella, Alexandre Nardoni, que tem outros dois filhos menores com Anna Carolina Jatob�, madrasta da menina morta. Segundo a pol�cia, havia gotas de sangue que faziam o percurso da porta de entrada do apartamento at� o quarto dos meninos. A dist�ncia entre uma gota e outra condiz com o passo de uma pessoa adulta, dando a entender que a v�tima poderia estar no colo de algu�m, segundo dados do relat�rio feito pelos delegados do caso.

De acordo com as investiga��es, peritos conclu�ram que o ferimento da testa de Isabella n�o tem rela��o com a queda. Teria sido provocado antes, por algo como a quina de uma mesa a ponta da chave de um carro ou uma ponta de ferro.

Sobre a tese da terceira pessoa no apartamento, levantada pela defesa de Anna Carolina e Alexandre Nardoni, que chegaram a ser presos por uma semana no in�cio das investiga��es, a pol�cia rebate. Diz que o casal n�o tinha inimigos, como o pr�prio Nardoni teria afirmado, o que afastaria a hip�tese de vingan�a.

Desde o dia do crime, o pai de Isabella sustenta que um homem invadiu o im�vel e matou a menina, que estava dormindo. Nesse intervalo de tempo, Nardoni e Anna Carolina estariam na garagem subindo com os dois meninos. Ele haviam acabado de chegar da casa dos pais de Anna Carolina.

Para a pol�cia, se o poss�vel invasor fosse um ladr�o, teria levado objetos de valor da casa. Al�m disso, os policiais afirmam que ningu�m estranho foi visto no pr�dio. O suposto homem n�o teria deixado marcar em lugar algum e fugido do cerco policial.

Sobre o fato de o casal ter telefonado para os pais e n�o para o socorro logo depois da queda da menina, a pol�cia analisa no relat�rio que "esse comportamento incomum revela, quem sabe, que ambos j� sabiam que nada mais tinham a fazer para salvar a vida da crian�a, necessitando, naquele momento, de prote��o paterna para eles pr�prios".

Pouco antes do crime, testemunhas relatam ter ouvido uma crian�a chamar pelo pai. Uma delas diz que a menina gritava alto: "papai, papai" e que dava a impress�o de que o pai n�o estava ao lado dela. Era um grito confiante, no sentido de saber que o pai iria ouvi-la e atend�-la, segundo conta no documento da pol�cia.

Os �ltimos gritos, diz a testemunha, foram mais ao longe. Como se a crian�a estivesse se distanciando para o interior do apartamento. Depois de cinco ou oito minutos, a testemunha percebeu a trag�dia.

O retrato que vizinhos fazem dos Nardoni n�o coincide com o que diz a fam�lia e � diferente tamb�m do que o casal declarou sobre si mesmo. A vers�o de um casamento est�vel, com discuss�es normais, � contestada por testemunhas. Vizinhos do pr�dio onde o casal morava antes de se mudar para o Edif�cio London, onde Isabella caiu, relatam brigas de grandes propor��es entre os dois.



Um deles disse que as discuss�es ocorriam "coincidentemente nos fins de semana, quando Isabella estava com o casal. E que, nas brigas, pouco se ouvia a voz de Alexandre. Era Anna Carolina que sempre estava muito alterada, gritava e dizia palavr�es ao marido".

Sobre o relacionamento dos dois, a pol�cia concluiu que Alexandre e a mulher teriam mentido, na tentativa de esconder que ela, �s vezes, desequilibra-se, perde o controle.

Testemunhas dizem que brigas de casal eram violentas. Vizinhos de Anna Carolina e Alexandre Nardoni contestam vers�o de casamento est�vel.

Fonte:

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Por:  Felipe Campos    |      Imprimir