Categoria Esportes  Noticia Atualizada em 25-04-2008

Clássico turco impressiona brasileiros
Segundo Lincoln, do Galatasaray, país pára. Dracena, do Fener, se espanta com fanatismo
Clássico turco impressiona brasileiros
Foto: Agencia

O clássico entre Galatasaray e Fenerbahçe, neste domingo, não mexe somente com a cabeça do povo turco. Os brasileiros que atuam nestas duas equipes se impressionam com a rivalidade entre os dois clubes arqui-rivais da cidade de Istambul. O Galatasaray, que fica do lado oriental da capital, conta com o ex-atleticano Lincoln. Já o Fenerbahçe, do lado ocidental, conta com a uma verdadeira legião tupiniquim: além do técnico Zico, jogam por lá Edu Dracena, Roberto Carlos, Wederson, Marco Aurélio, Deivid e Alex.

Segundo Lincoln, que já disputou clássicos como Atlético x Cruzeiro e Schalke 04 x Borussia Dortmund, nada se compara ao dérbi turco.

- Cheguei aqui há menos de um ano e fico impressionado. A Turquia pára. Tudo gira em torno do clássico. Nunca vi uma rivalidade parecida. Só para se ter uma idéia, todos os ingressos foram vendidos em apenas 25 minutos – conta Lincoln, por telefone, ao GLOBOESPORTE.COM, que participou do último (e tumultuado) jogo entre as duas equipes pela Copa da Turquia no último mês de fevereiro.

E, de fato, todos os 23.257 lugares do estádio Ali Sami Yen (apelidado pelos torcedores do Gala de "Inferno Turco") estarão ocupados. Sendo que cerca de 1.200 lugares serão destinados para os fãs do Fenerbahçe.

Fanatismo exacerbado
Há mais tempo no futebol turco do que Lincoln, o zagueiro Edu Dracena tem boas e más lembranças do clássico. No ano passado, na última rodada, a torcida do Galatasaray revoltada com o time que perdia vandalizou o estádio e, por pouco, não transformou o dérbi em tragédia.

- Nunca tinha passado por uma situação como aquela. Moedas, bombas, cadeiras, copos, garrafas... tudo voando para dentro campo. Foi lamentável. Mas acho que essas atitudes não vão se repetir, pelo menos torço por isso – afirma Dracena, lembrando que o atacante Deivid chegou a ser atingido por uma bomba atirada das arquibancadas.

Por causa da confusão, o Galatasaray teve que disputar seis jogos com os portões fechados no começo da temporada.

- Tirando essa violência, é espantoso o fanatismo. Estou aqui há quase duas temporadas e ainda não me acostumei, e nem dá para se acostumar – ressalta Edu Dracena, ex-defensor do Cruzeiro.

Clássico turco impressiona brasileiros. Segundo Lincoln, do Galatasaray, país pára. Dracena, do Fener, se espanta com fanatismo.

Fonte: Marcos Felipe

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Por:  Felipe Campos    |      Imprimir