Categoria Policia  Noticia Atualizada em 30-04-2008

Quatro morrem em operações policiais no Rio
Policiais do 14º Batalhão da Polícia Militar e do Comando Tático Regional exibem bombas caseiras apreendidas durante operação nas favelas do Rebu
Quatro morrem em operações policiais no Rio
Foto: Bruno Gonzales/Agif/AE

LUISA BELCHIOR
Colaboração para a Folha Online, no Rio

Ao menos quatro pessoas morreram e cinco foram presas em operações policiais no Rio nesta terça-feira. A polícia não confirmou se dois dos mortos eram criminosos. As ações aconteceram na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana (zona sul), e nos morros do Jacarezinho e Jorge Turco, em Honório Gurgel ambos na zona norte.

Na favela do Jacarezinho, duas pessoas foram baleadas e mortas durante confronto entre a polícia e traficantes do local, nesta tarde. Eles não foram identificados. A operação, feita pelo 3º Batalhão da PM (Méier) para apreender armas e drogas, teve 21 motocicletas, três armas e R$ 3 mil em espécie apreendidos, além de quatro pessoas presas, segundo a Polícia Militar.
Também à tarde, um suposto traficante de cerca de 25 anos morreu no morro Jorge Turco em confronto com a polícia. Ele foi levado ao hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes (zona norte) mas, segundo a Secretaria Estadual de Saúde do Rio, já chegou lá morto.

De manhã, Luis Silva Cavalcanti, 16, também chegou morto ao hospital Miguel Couto, na Gávea (zona sul), segundo a Secretaria Municipal de Saúde do Rio. A PM afirmou se tratar de um traficante que atirava contra policiais do 19º Batalhão (Copacabana) durante incursão na Ladeira dos Tabajaras e que ele portava uma pistola.

A Ladeira dos Tabajaras fica próxima aos morros do Cantagalo e Pavão-Pavãozinho onde, na segunda-feira (29), as policiais Civil e Militar do Rio fizeram incursões para cumprir dez mandados de prisão. Cinco pessoas foram presas, entre elas Adauto Nascimento Gonçalves, 28, o Pit Bull, apontado como chefe do tráfico do morro do Cantagalo. Ele portava um crachá de empregado da obra do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no local.

Em nota, a Secretaria Estadual de Obras do Rio, responsável pela execução do programa federal nos morros cariocas, disse que a construtora OAS, contratada para fazer a obra, não feriu a lei ao contratar o suposto traficante que já tinha antecedentes criminais. O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, disse na segunda-feira (29) acreditar que outros traficantes possam estar trabalhando nas obras do PAC em favelas cariocas. Beltrame afirmou que analisa as fichas de todos os empregados do programa federal no Rio.

Quatro morrem em operações policiais no Rio nesta terça-feira

Fonte: LUISA BELCHIOR
http://noticias.uol.com.br
 
Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir