Categoria Geral  Noticia Atualizada em 07-05-2008

Dilma defende que gastos de ex-presidentes sejam abertos
Ministra da Casa Civil disse que n�o v� problemas em divulgar dados ap�s um per�odo
Dilma defende que gastos de ex-presidentes sejam abertos
Foto: Reprodu��o

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, defendeu nesta quarta-feira (7) a divulga��o dos gastos de ex-presidentes da Rep�blica passado um per�odo ap�s o fim do mandato.

"N�o vejo nenhum problema de divulgar a partir de um momento dados que antes eram sigilosos. Mas isso n�o depende de mim. Eu defendo que, com a passagem do tempo, j� que n�o compromete mais, que eles (gastos) sejam divulgados", afirmou a ministra.

Dilma, que dep�e na Comiss�o de Infra-estrutura do Senado, disse que o presidente Luiz In�cio Lula da Silva afirmou que no primeiro dia ap�s o t�rmino de seu governo vai tornar p�blicos seus gastos.

A ministra informou ainda que na �poca da divulga��o do suposto dossi� sobre os gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a Casa Civil tinha 13 mil informa��es no banco de dados, o Sistema de Suprimento de Fundos (Suprim). Hoje, segundo ela, s�o mais de 20 mil.

Convocada oficialmente para falar sobre o Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC), a ministra informou aos senadores que falar� sobre todos os assuntos.

Dossi�
Dilma Rousseff reafirmou que n�o h� dossi� sobre gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Questionada por senadores sobre se teria dado duas vers�es a respeito do epis�dio, de que primeiro n�o havia dossi� e depois de que na verdade o crime teria sido o vazamento, a ministra rebateu: "N�s n�o demos duas vers�es. Dissemos: "n�o h� dossi�, h� banco de dados", e vou continuar reiterando isso", disse.

Dilma disse ainda esperar que o vazamento das informa��es seja investigado. "Consideramos que foram vazadas informa��es e estamos buscando isso na comiss�o de sindic�ncia, tamb�m com a PF. Est� em investiga��o quem vazou posto que n�o h� dossi�, h� banco de dados."

"V�tima"
A ministra afirmou se considerar "v�tima" do vazamento. "Eu me considero a maior v�tima desse processo. Acredito que � um processo que n�o se compadece com a democracia brasileira, e sim com a ditadura."

Para Dilma, a forma��o de um banco de dados � "crucial". "O banco de dados � crucial. Ele vai me permitir que o senhor perguntando (senador), eu responda na hora."

Ditadura
Uma discuss�o sobre a ditatura militar marcou o in�cio do depoimento da ministra � comiss�o. O senador Jos� Agripino Maia (DEM-RN) citou que a ministra mentiu durante a ditadura e disse que teme, por conta da forma��o do suposto dossi� contra o ex-presidente Fernando Henrique pelo governo, que o Brasil volte ao "regime de exce��o".

Ao responder ao senador, a ministra Dilma disse se orgulhar de ter mentido na �poca da ditadura. "Qualquer compara��o entre ditadura e democracia, s� pode partir de quem n�o d� valor � democracia brasileira. Eu tinha 19 anos e fiquei tr�s anos na cadeia e qualquer pessoa que ousar dizer a verdade a seu torturadores pode colocar a vida de seus pares em risco (...) Eu me orgulho de ter mentido. Mentir na tortura n�o � facil."

Dilma defende que gastos de ex-presidentes sejam abertos. Ministra da Casa Civil disse que n�o v� problemas em divulgar dados ap�s um per�odo.

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Por:  Felipe Campos    |      Imprimir