Papa Bento XVI olha confete caindo durante missa com jovens em Genova, no norte da Itália.
Foto: AP O papa Bento 16 pediu neste domingo em Gênova, no noroeste da Itália, a adoção de uma convenção internacional que proíba a utilização de bombas cluster (ou de fragmentação), nas vésperas do início de uma conferência diplomática sobre o tema em Dublin (Irlanda). Esse tipo de bomba, ao ser lançada, se abre, liberando fragmentos menores conhecidos como minibombas ou submunições.
"Desejo que graças à responsabilidade de todos os participantes cheguemos a um instrumento internacional forte e crível [para proibir as bombas cluster]", afirmou o papa durante uma oração em uma praça de Gênova, durante sua viagem à região. "É necessário remediar os erros do passado e evitar que se repitam no futuro", disse Bento 16.
O pontífice rezou pelas vítimas das bombas e por suas famílias, e destacou que algumas delas irão participar da conferência de Dublin. Representantes de cerca de cem países se reunirão a partir desta segunda-feira (19) na capital irlandesa para uma conferência de 12 dias que tentará confirmar um tratado internacional que proíba a utilização dessas bombas de fragmentação.
As organizações humanitárias esperam grandes debates e já alertaram para qualquer tentativa de suavizar o texto final, já que um acordo sem ambigüidades teria o mesmo alcance da histórica Convenção de Ottawa, que proibiu as minas terrestres em 1997.
Haverá grandes ausências na conferência: Estados Unidos, China, Rússia, Índia, Paquistão e Israel, países que são contra a proibição dessas armas particularmente letais para os civis, recentemente utilizadas no Iraque.
A conferência, que irá terminar em 30 de maio, se faz parte do processo iniciado em fevereiro de 2007 em Oslo, onde, convocados pela Noruega, 46 países aprovaram uma declaração comum pedindo a proibição, antes de 2008, de "utilizar, produzir, transferir e armazenas" as bombas cluster.
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