Categoria Economia  Noticia Atualizada em 21-05-2008

Segunda prévia do IGP-M de maio é 4 vezes maior que Abril
Cavalera Conspiracy marca a reconciliação de Max com o irmão, Iggor, 10 anos depois
Segunda prévia do IGP-M de maio é 4 vezes maior que Abril
Foto: Reprodução/ TV Globo

Rio de Janeiro - A segunda prévia de maio do Índice Geral de Preços do mercado (IGP-M), divulgada hoje (20) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostrou variação de 1,54%. O resultado é quatro vezes maior que o apurado no mesmo período de abril (0,37%).

O coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros, disse que a variação já era esperada, uma vez que os índices de preços vêm subindo desde o fechamento do Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) de abril, que apresentou inflação de 1,12%. "Depois veio o IGP-10 um pouco mais alto, com 1,52%. Isso já tinha sido meio alertado. O mercado já estava mais informado sobre essas acelerações", afirmou o economista.

Arroz e minério de ferro foram os vilões do 2º decêndio do IGP-M de maio, calculado entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência. "A crise do arroz está batendo em cheio no IGP, com alta de 33,96% no arroz em casca. O minério de ferro, que tem um reajuste anual, também está na fase de captação desse reajuste", explicou. O aumento apurado para o minério de ferro, no período pesquisado, foi de 11,25%. Quadros acredita que o minério de ferro poderá ter influência no índice mensal, uma vez que seu impacto ainda não foi totalmente absorvido.

Quadros lembrou que o diesel, cujo reajuste foi iniciado no último dia 2, também deve refletir sobre o índice mensal. "Só tem dez dias. Quando a gente completar o cálculo do IGP-M, aaí eu vou ter 20 dias . Eu vou naturalmente ter uma percentagem maior, porque é mais tempo de vigência do novo preço", observou Quadros.

Ele descartou, contudo, que vá haver aumentos significativos adiante. "Eu acho que isso vai ficar concentrado neste mês. Eu não acho que você vá repetir taxas muito altas de mais de 1,5% no próximo mês", disse. A expectativa é que em junho esses impactos mais fortes comecem a diminuir. Ele lembrou que esse tem sido o padrão dos índices gerais de preço, do ano passado até agora.

Para o economista, a indústria continuará sofrendo com o repasse dos primeiros aumentos registrados nos setores siderúrgico e químico por mais uns três meses, o que impedirá o IGP-M de recuar de forma mais acentuada.

O coordenador de Análises Econômicas da FGV confirmou que os aumentos, na segunda prévia do índice, foram mais observados no atacado, que subiu 2,02%, do que no varejo, com alta de 0,47%. Ele alertou, contudo, que no varejo, o grupo alimentação tem um componente que vem do atacado, na forma de produtos industrializados, como laticínios e derivados de trigo, que continuam subindo.

"Nesse momento, o que está segurando o patamar dos índices do setor alimentação no varejo é o comportamento favorável dos produtos in natura, que oscila muito. Hoje está caindo. Amanhã pode voltar a subir", concluiu.

Com base no resultado do segundo decêndio de maio do IGP-M, a inflação acumulada no ano é de 4,67%, totalizando em 12 meses alta de 11,45%.

Segunda prévia do IGP-M de maio é 4 vezes maior que Abril. Cavalera Conspiracy marca a reconciliação de Max com o irmão, Iggor, 10 anos depois.

Fonte: Alana Gandra Agência Brasil
 
Por:  Felipe Campos    |      Imprimir