Categoria Policia  Noticia Atualizada em 31-05-2008

Tenente do caso Isabella se mata após suspeita de pedofilia
Ele foi descoberto como um dos 600 clientes de agenciador de crianças
Tenente do caso Isabella se mata após suspeita de pedofilia
Foto: Reprodução/TV Globo

Uma operação policial teve desfecho trágico nesta sexta-feira (30), em São Paulo. A investigação da Polícia Civil era sobre uma rede de pedofilia.

Um dos integrantes da quadrilha foi preso na semana passada. O outro, um oficial da Polícia Militar, se matou em casa, no momento em que um mandado de busca e apreensão era cumprido em seu apartamento.

No computador do chefe da rede de pedofilia, o operador de telemarketing Márcio Aurélio Toledo, de 36 anos, a polícia encontrou uma lista com 600 nomes que agora serão investigados. Segundo as investigações, o tenente Fernando Neves era cliente da quadrilha que agenciava encontros de pedófilos com menores de idade.

O rosto de Fernando Neves foi visto várias vezes nos últimos dois meses. Ele foi um dos policiais militares que atenderam à ocorrência do crime que chocou o país, o da menina Isabella. É ele quem aparece ao lado de Alexandre Nardoni, pai de Isabella, em frente ao Edifício London, logo depois que a menina foi jogada do sexto andar.

O tenente era comandante da Força Tática da área. E chefiou a busca de um suposto ladrão no prédio. Dias depois, o próprio tenente detalhou a operação. "Foi feita uma varredura minuciosa nos mínimos detalhes, foi feito cerco no quarteirão, nos travamos elevadores, ninguém entrou, ninguém saiu e varremos todo prédio", disse ele, à época.

Apesar de ser acusado de pedofilia, todos os dados oficiais do processo do caso Isabella mostram que o tenente Neves não teve nada a ver com a autoria do crime. Ele estava a serviço, em outro lugar, com três policiais, quando recebeu o chamado pelo rádio do carro avisando que a menina tinha sido atirada pela janela.

E, quando chegou ao Edifício London, vários colegas já se encontravam no local. Em um relatório reservado feito a pedido da delegada que comandou as investigações, o coronel comandante da Polícia Militar João dos Santos de Souza, informa que os soldados Jonaldo Ramos de Almeida e Josenilson Pereira do Nascimento foram a pé ao edifício porque estavam na corregedoria da PM, que fica ao lado do prédio.

Pouco mais de um minuto depois as viaturas da área chegaram ao local. No depoimento que prestou, o PM Josenilson confirmou que, no dia do crime, ele e Jonaldo correram até o edifício, e ele pôde perceber que não havia policiais ainda por ali. O corregedor da polícia, Marcelino Fernandes da Silva, descarta qualquer possibilidade de envolvimento do policial com a morte da menina. " Em hipótese nenhuma, porque ele estava de serviço e qualquer tipo de abandono de posto é facilmente retratado e denunciado", afirmou.

Tenente do caso Isabella se mata após suspeita de pedofilia. Ele foi descoberto como um dos 600 clientes de agenciador de crianças.

Fonte:

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Por:  Felipe Campos Estevão de Freitas    |      Imprimir