Categoria Economia  Noticia Atualizada em 18-06-2008

Gasto com obras residenciais sobe quase 10% em 2006
Expans�o do cr�dito e da economia contribu�ram para investimento em obras. Al�m da habita��o, o setor de infra-estrutura foi um dos destaques no ano de 2006.
Gasto com obras residenciais sobe quase 10% em 2006
Foto: Reprodu��o/TV Globo

O comportamento da ind�stria de constru��o civil em 2006 j� sinalizava o forte aquecimento observado recentemente no mercado imobili�rio brasileiro, segundo indica pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) divulgada nesta quarta-feira (18).

Pesquisa Anual da Ind�stria da Constru��o aponta que, naquele ano, o valor das obras residenciais cresceu 9,4% em termos nominais entre empresas que empregam cinco ou mais pessoas no setor, com destaque para o incremento no item "edifica��es residenciais", que aumentou 12,1%.

Em nota, o IBGE diz que contribu�ram para o resultado "a expans�o do cr�dito imobili�rio e uma conjuntura econ�mica que incentivou tanto a constru��o de novas resid�ncias como tamb�m as obras de reforma e manuten��o".

Infra-estrutura
Al�m da habita��o, o setor de infra-estrutura foi um dos destaques no ano de 2006 entre as empresas de constru��o civil. O valor das obras de infra-estrutura, grupo de maior peso na constru��o, foi 20,5% maior do que no ano anterior.

Segundo o IBGE, a expans�o pode estar relacionada com o crescimento de 19,3% das obras contratadas pelo setor p�blico na mesma compara��o. A maior parte delas foi executada pelas grandes empresas, que responderam por 65% do valor.

Contribu�ram para este aumento o valor da constru��o de rodovias (que subiu 31,5%), pontes e t�neis (54,8%), dutos (69,7%), obras mar�timas e fluviais (221%) e redes de transmiss�o e distribui��o de energia el�trica.

No mesmo per�odo, o grupo de edifica��es industriais, comerciais e outtras edifica��es n�o-residenciais tamb�m teve destaque: avan�ou 20,2%, impulsionado pela expans�o de obras em escolas, hospitais, hot�is, e garagens (49,9%), galp�es e edif�cios industriais (26,7%), montagens industriais, (31,6%), plantas para minera��o (101,6%) e do item instala��es desportivas (45,8%) , impulsionado pelos investimentos para a realiza��o dos Jogos Pan-Americanos, no Rio de Janeiro.

Gastos p�blicos
As obras p�blicas representaram 42,6% do total das constru��es executadas em 2006, segundo o IBGE. O percentual aumentou em rela��o a 2005, quando era de 40,3%.

As constru��es para entidades p�blicas em 2006 somaram uma parcela de R$ 47,1 bilh�es do valor total de R$ 110,7 bilh�es do valor das obras e servi�os realizados pelas 109 mil empresas de constru��o no mesmo ano.

Grandes x pequenas
As grandes empresas continuam liderando, mas as pequenas aumentaram participa��o no cen�rio da constru��o civil brasileira nos �ltimos dez anos, de acordo com o IBGE.

A terceiriza��o no setor � que especializou firmas menores em determinadas etapas das obras, ampliando a contrata��o destas para servi�os espec�ficos � e a queda no investimento p�blico influenciaram para que a participa��o das grandes empresas (com mais de 250 empregados) ca�sse de 71,1% em 1996 para 64% em 2006, segundo o instituto.

Companhias de grande porte foram as que mais atenderam � demanda de entidades p�blicas: 42% das obras p�blicas realizadas em 2006 foram executadas por grandes empresas que empregam 1.000 pessoas ou mais. Companhias com mais de 250 empregados responderam por 64% de todas as obras realizadas no ano.

Em 2006, no total, as empresas do setor de constru��o civil empregaram mais de 1,5 milh�o de pessoas e pagaram em sal�rios, retiradas e outras remunera��es o equivalente a R$ 17,4 bilh�es, uma m�dia mensal de 2,5 sal�rios m�nimos por trabalhador.

Na compara��o entre 2005 e 2006, o valor das obras e servi�os executados por empresas do setor que empregam cinco ou mais pessoas cresceu 18,5%. Entre as empresas de grande porte (acima de 250 empregados), a expans�o foi mais intensa: 24,7%. No segmento que emprega mais de mil pessoas, a valoriza��o foi ainda maior, de 30,1%.

Por regi�es
Entre 1996 e 2006, a regi�o sudeste continuou respons�vel por mais da metade do pessoal empregado e do valor das constru��es realizadas no pa�s pelas empresas com 40 ou mais pessoas ocupadas. Em 1996, a regi�o respondia por 59,5% do pessoal ocupado no setor; dez anos depois, passou para 54%.

Na regi�o sul, a participa��o na mesma compara��o subiu de 6,8% para 9,4%. Expans�o tamb�m foi registrada no nordeste, onde passou de 17,4% para 19% entre as grandes empresas.

No norte do pa�s, as grandes empresas detinham 3,6% das pessoas empregadas em 1996; a propor��o subiu para 6,8% em 2006. Em valores das obras, o percentual saltou de 3,2% para 7,3%, "com destaque para os ganhos de participa��o do Amazonas e Par�, segundo o IBGE.

Gasto com obras residenciais sobe quase 10% em 2006, aponta IBGE
Expans�o do cr�dito e da economia contribu�ram para investimento em obras.
Al�m da habita��o, o setor de infra-estrutura foi um dos destaques no ano de 2006.

Fonte:

Acesse o G1

 
Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir