Categoria Economia  Noticia Atualizada em 02-07-2008

Inflação deixa países em situação crítica, diz FMI
Estudo diz que há 60 países sob risco de acabar com as reservas internacionais. Para o Brasil impacto da alta dos preços será relativamente pequeno.
Inflação deixa países em situação crítica, diz FMI
Foto: AFP/AFP

A alta dos preços dos alimentos e do petróleo deixou alguns países numa "situação crítica", disse na terça-feira (1º) o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn. Segundo estudo do Fundo, há 60 países sob risco de acabar com as reservas internacionais se os preços desses itens se mantiverem no nível atual.

O estudo cita 18 países africanos em perigo por causa do choque do petróleo e da inflação dos alimentos: Eritréia, Etiópia, Guiné, Libéria, Madagáscar, Malawi, Congo, Zimbábue, Benin, Burkina Fasso, República Centro-Africana, Guiné-Bissau, Mali, Togo, Burundi, Comoros, Gâmbia e Serra Leoa.

"Se os preços do petróleo se mantiverem no nível atual e os alimentos continuarem subindo, alguns governos não conseguirão alimentar a população e ao mesmo tempo manter a estabilidade da economia conquistada a altos custos", disse Strauss-Kahn.

Ameaça
Segundo o diretor do FMI, os dez últimos anos de boas políticas macroeconômicas estarão ameaçados pela inflação. O barril do petróleo subiu de US$ 30 em 2003 para mais de US$ 140 recentemente. A inflação dos alimentos dobrou desde 2006.

Para o Brasil, nos cálculos do Fundo, o impacto da alta dos preços do petróleo e dos alimentos será relativamente pequeno, o equivalente a 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) no déficit em conta corrente em 2009.

Considerando apenas o choque do petróleo, o impacto seria equivalente a 0,4% do PIB, mas a alta dos alimentos será positiva para o país, que é predominantemente exportador (provocaria redução de 0,3% do PIB no déficit). O FMI prevê que o déficit em conta corrente do Brasil será de 1% do PIB, em vez de 0,9% em 2009.

Inflação deixa países em situação crítica, diz FMI
Estudo diz que há 60 países sob risco de acabar com as reservas internacionais.
Para o Brasil impacto da alta dos preços será relativamente pequeno.

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir