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Betancourt não acredita em pagamento para seu resgate

Ingrid Betancourt reafirmou que não acredita que seu resgate e de outros 14 reféns foi pago aos rebeldes colombianos seqüestradores
Betancourt não acredita em pagamento para seu resgate

Ingrid Betancourt

Ingrid Betancourt reafirmou que não acredita que seu resgate e de outros 14 reféns foi pago aos rebeldes colombianos seqüestradores, mas ela sofreu tanto, disse, que se um pagamento foi feito, "por que não?". Três dias após um resgate dramático, Betancourt passou por uma bateria de exames médicos e afirmou, mais tarde, que os médicos a "encheram de alegria", sugerindo que a saúde dela não foi comprometida pelos seis anos que passou capturada na selva.

"Ao longo desses anos, tive uma série de preocupações", disse em entrevista ao canal de televisão France-3. Depois dos testes por médicos no hospital militar Val de Grace, é "felicidade total", afirmou ela.

Betancourt, três norte-americanos e 11 colombianos foram resgatados na Colômbia na quarta-feira. Ela chegou na sexta-feira em Paris, onde moram os dois filhos dela. A notícia de uma estação de rádio suíça de que houve pagamento de resgate de US$ 20 milhões fez com que jornalistas perguntassem a Betancourt sobre a opinião dela.

Ela negou a sugestão, mas a primeira reação no sábado foi: "Se fosse verdade, tanto melhor. Por que não?". "Eu sofri terrivelmente", acrescentou.

O carcereiro dela durante a captura, a quem ela chama Comandante Enrique, era um homem "de crueldade especial", afirmou. "Não é alguém que você compra". Com mãos e pés amarrados e dentro de um helicóptero, "ele foi humilhado", acrescentou Betancourt.

Betancourt disse que ainda está se acostumando com a liberdade. Ao tomar banho na sexta-feira à noite, a luz acidentalmente apagou e "eu perdi a noção de onde estava... Eu disse meu Deus, as Farc voltaram".

Ela era candidata à presidência da Colômbia quando foi seqüestrada em 2002. Ao ser questionada sobre se pretende continuar essa busca, Betancourt se esquivou. "Quero estar disponível para a Colômbia", disse ela. "Eu não sei se uma candidatura à presidência é a melhor opção. Eu acredito haver outras maneiras de servir meu país e talvez de forma mais efetiva", acrescentou.

Fonte: http://www.atarde.com.br

Por: Adriano Costa Pereira | Imprimir