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Furacão Dolly ganha força

Dolly já está na categoria 2 da escala Saffir-Simpson, diz centro de furacões dos EUA. Fenômeno deverá produzir fortes chuvas no litoral nordeste do México e no Texas
Furacão Dolly ganha força

Foto: AFP

O furacão Dolly atingiu nesta quarta-feira a categoria 2 na escala Saffir-Simpson (que vai de 1 a 5) à medida que se aproxima do litoral do nordeste do México e do extremo sul do Texas, nos Estados Unidos.

A informação é do Centro Nacional de Furacões dos EUA.

Entrar na categoria 2 significa que o furacão atingiu ventos sustentados com velocidade de 160 quilômetros por hora.

Os furacões mais perigosos são aqueles que se classificam a partir da categoria 3, mas furacões de categoria 2 também podem causar danos a estruturas mal construídas.

Mais de 27 mil pessoas ficaram sem energia elétrica no sul do Texas, devido aos fortes ventos e às chuvas que chegam perto de Brownsville, ao norte da fronteira entre Estados Unidos e México. O número de pessoas afetadas vai aumentar na quarta-feira, já que o furacão ainda vai avançar mais sobre a terra, segundo Larry Jones, porta-voz da American Electric Power.

Os meteorologistas não prevêem impactos sobre o setor petrolífero do golfo do México e, refletindo isso, o preço do petróleo atinge na quarta-feira seu menor valor em seis meses.

O Centro Nacional de Furacões estima que Dolly provocará até 380 milímetros de chuvas no sul do Texas e nordeste do México nos próximos dias. Autoridades texanas temem transbordamentos das barragens que contêm o rio Grande, especialmente se o furacão provocar uma ressaca marítima que suba pela foz do rio.

As autoridades dizem que os diques funcionaram bem em condições semelhantes durante o furacão Beulah, em 1967, mas desde então se deterioraram.

O governador do Texas, Rick Perry, pôs 1.200 guardas em alerta e lançou uma declaração de desastre para 14 condados vizinhos. Autoridades dizem que os cidadãos não precisam deixar suas casas a não ser que o furacão chegue à categoria 3, com ventos de até 178 km por hora.

Caso seja necessário, 250 ônibus estão na cidade de Santo Antonio para recolher quem tiver de abandonar suas casas.

Depois das devastadoras temporadas de 2004 e 2005, com o violento furacão Katrina, os EUA foram relativamente poupados nos últimos dois anos, quando apenas um furacão (Humberto, novembro de 2007) atingiu suas costas.

Já a tempestade Cristóbal começou a perder suas características de sistema tropical em sua rota rumo a águas abertas do Atlântico, posto que seus ventos máximos de sustentação agora são de 85 km/h.

Até agora, na atual temporada de furacões no Atlântico, que começou em 1º de junho e vai até 30 de novembro, formaram-se quatro tempestades tropicais: "Arthur", "Bertha" (que também virou furacão), "Cristóbal" e "Dolly".

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Por: Giulliano Maurício Furtado | Imprimir