O premiê também é acusado de duplicar prestações de contas de despesas de suas viagens ao exterior
Foto: Reprodução O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, anunciou nesta quarta-feira que vai deixar o cargo daqui a dois meses, assim que o seu partido, o Kadima, escolher um novo líder.
As eleições internas do Kadima estão marcadas para o dia 17 de setembro.
Olmert, de 62 anos, sofria pressões, algumas de dentro do próprio governo, para renunciar desde que passou a ser investigado por diversas acusações de corrupção, que teriam sido cometidas na época em que ocupou os cargos de prefeito de Jerusalém (1993-2003) e ministro do Comércio (2003-2005).
Ao falar a repórteres sobre a sua decisão de renunciar, o premiê defendeu os seus dois anos de governo e disse que um acordo de paz com palestinos e sírios nunca esteve tão perto.
"Tenho orgulho de ser o primeiro-ministro de um país que investiga os seus primeiros-ministros", disse Olmert, que prometeu provar a sua inocência.
"O primeiro-ministro nãão está acima da lei, mas não está de forma alguma abaixo dela."
Além das acusações de corrupção, Olmert foi criticado pela guerra que Israel travou com o Hezbollah no Líbano, em 2006.
Diversos integrantes do Kadima que atuam como ministros são cotados como possíveis substitutos de Olmert.
Dinheiro ilegal
O primeiro-ministro está sendo investigado por uma série de supostas irregularidades, incluindo ter aceitado até US$ 150 mil de forma ilegal.
Investigadores suspeitam que o dinheiro tenha sido dado a Olmert por um empresário americano, Morris Talansky - que negou que tenha feito isso em troca de favores.
Olmert não nega que recebeu dinheiro de Talansky, mas diz que os recursos foram usados legalmente em campanhas eleitorais.
O premiê também é acusado de duplicar prestações de contas de despesas de suas viagens ao exterior, pagas por diferentes organizações, e de ter usado o dinheiro extra para cobrir gastos pessoais.
Premiê de Israel diz que deixará o cargo em setembro.
Fonte: Midiacon
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