Categoria Policia  Noticia Atualizada em 31-07-2008

Policia prende em SP 14 suspeitos de integrar quadrilha
Catorze pessoas s�o presas em S�o Bernardo do Campo, no Grande ABC paulista, por envolvimento com quadrilha que age a partir dos pres�dios paulistas
Policia prende em SP 14 suspeitos de integrar quadrilha
Foto: Orlando Filho/Di�rio do Grande ABC/AE

CLAYTON FREITAS
da Folha Online

Uma opera��o deflagrada por policiais civis na Grande S�o Paulo resultou nesta quinta-feira na pris�o de 14 pessoas apontadas como integrantes de uma quadrilha que agia a mando da fac��o criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Os suspeitos foram detidos em S�o Bernardo, Diadema e Santo Andr�, na regi�o metropolitana, e na zona leste da cidade de S�o Paulo.

As investiga��es, que tiveram in�cio h� seis meses, partiram de anota��es e escutas telef�nicas passadas pela SAP (Secretaria da Administra��o Penitenci�ria) para a SIG (Setor de Investiga��es Gerais) de S�o Bernardo do Campo.

As escutas apontavam que havia dois l�deres fora das pris�es. A mando de lideran�as presas, eles realizavam tr�fico de drogas, assaltos e assassinatos em nome da fac��o criminosa, segundo a pol�cia.

Na opera��o, realizada na madrugada de hoje e que contou com o aux�lio de cerca de 80 agentes de diversas delegacias da regi�o metropolitana, foram apreendidos diversos ve�culos, armas, celulares e drogas em quantidade ainda n�o mensurada pela pol�cia.

Alem da SIG, promotores da Gaerco (Grupo de Atua��o Especial Regional para Preven��o e Repress�o ao Crime Organizado), do Minist�rio P�blico, tamb�m realizaram investiga��es a respeito da suposta quadrilha.

Entre as apreens�es feitas hoje est�o a de �nibus da empresa Rossinholi, sediada na zona leste da cidade de S�o Paulo e que, segundo as investiga��es, � de propriedade de l�deres do PCC. Entre os donos est�o Marcelo Rossinholi, detento do pres�dio de Presidente Venceslau (610 km de S�o Paulo), e Andr�a Martins de Oliveira, mulher de Iran Barbosa da Silva, preso na mesma cela de Rossinholi.

Os ve�culos transportavam gratuitamente as mulheres dos detentos para pres�dios no Estado. Existe a suspeita de que a empresa seria de fachada e atuaria na lavagem de dinheiro obtido nos crimes cometidos pelos integrantes da quadrilha.

Os dois supostos lideres que atuariam fora dos pres�dios seriam Renato Kauffman da Costa, conhecido como Kau�, e Paulo Freire da Silva, o Noturno. Chamados de "sintonia geral", eles receberiam ordens de dentro dos pres�dios e as repassariam aos "pilotos", que executariam as ordens. Segundo a pol�cia, a partir deles as ordens eram cumpridas, as drogas eram distribu�das e o dinheiro, repassado.

Minist�rio P�blico

Em conjunto com as investiga��es da Pol�cia Civil, os promotores do Gaerco descobriram que uma segunda empresa atuaria na lavagem de dinheiro do PCC. Trata-se da padaria Dovanci, sediada em Santo Andr�, de propriedade de Alberto Dovanci.

Em sua casa foram encontrados cerca de R$ 15 mil em dinheiro, al�m de autom�veis --como Corola e Golf-- e tamb�m 16 muni��es de 9mm. Segundo a promotora Sandra Reimberg, do Gaerco, o padr�o de vida de Dovanci � incompat�vel com sua renda e existe a suspeita de que ele atuaria em favor da fac��o criminosa.

Os materiais apreendidos, as anota��es feitas pela SAP e as investiga��es da pol�cia ser�o analisadas --entre elas a uma grava��o feita a partir de um pres�dio paulista informando que cada integrante fora da cadeia teria de colaborar mensalmente com R$ 600 ao PCC. Outra suspeita � de que Kauffman receberia um sal�rio mensal de R$ 7.000 para ser o "sintonia" do partido fora das cadeias. Uma outra grava��o d� conta que os neg�cios no ABC renderiam ao "partido" R$ 20 milh�es por ano.

Suspeita-se tamb�m que o grupo seria respons�vel por ao menos cinco assassinatos na regi�o do Grande ABC.

A reportagem n�o conseguiu localizar representantes dos envolvidos para comentar as acusa��es.

Policia prende em SP 14 suspeitos de integrar quadrilha ligada ao PCC.

Catorze pessoas s�o presas em S�o Bernardo do Campo, no Grande ABC paulista, por envolvimento com quadrilha que age a partir dos pres�dios paulistas. A principal suspeita dos policiais � de que o bando seja ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Foram apreendidos carros, �nibus, drogas, armas, muni��o, coletes e documentos do crime organizado.

 
Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir