Num cruzamento da avenida Sumaré, asfalto molhado e carros com faróis acesos no final da tarde, no primeiro dia de chuva em São Paulo após 47 dias de seca
Foto: Haroldo Sereza/UOL Colaboração para a Folha Online
A chuva fraca que atingiu a cidade de São Paulo a partir da noite de sábado (2) deve prosseguir ao longo desta semana, segundo previsão do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). A chuva também elevou a umidade relativa do ar a 82%, segundo aferição feita às 11h deste domingo pelo Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Nas últimas semanas, os índices oscilaram abaixo dos 30%.
O volume de 14,2 milímetros de chuva (cada milímetro equivale a um litro de água por um metro quadrado) registrado entre as 9h de ontem e 9h deste domingo é o mais significativo desde o dia 16 de junho deste ano, quando a cidade foi atingida por 11,6 milímetros de chuva durante o período da medição, última chuva significativa até ontem.
Desde 16 de junho até ontem, ocorreram condensações do vapor da água, conhecidos como orvalhos, ou chuviscos que não chegam nem a interferir nos índices medidos e refrescar o tempo seco que predominava.
Umidade
Os paulistanos tiveram o julho mais seco dos últimos 65 anos, conforme medições feitas pelo Inmet. Ao menos nos próximos dias a situação será diferente e novas chuvas devem atingir São Paulo e elevar a umidade relativa do ar, segundo previsão do meteorologista Marcelo Schneider, do Inmet. Ele afirma que a tendência é de continuidade da chuva, devido a presença de novas frentes frias que devem atingir São Paulo até a próxima sexta-feira (8).
"A criação de novas áreas de instabilidade, sobretudo no centro-sul do Estado, manterá a umidade relativa do ar acima do patamar de 80%", afirma.
Segundo o Inmet, a previsão para a segunda-feira (4) é de que as chuvas fracas e isoladas devem atingir o interior e a zona leste da cidade de São Paulo. Somente na terça-feira, a chuva atingirá a cidade inteira, permanecendo então até sexta-feira, com intervalos constantes, segundo o meteorologista.
OMS
A OMS (Organização Mundial da Saúde) alerta que índices de umidade relativa do ar inferiores a 30% caracterizam estado de atenção; de 20% a 12%, estado de alerta; e abaixo de 12%, estado de alerta máximo. Os principais efeitos da baixa umidade são secura na garganta e nos olhos e problemas respiratórios.
Com a baixa umidade, a recomendação é a de interromper atividades físicas ao ar livre das 11h às 15h, por causa da combinação entre ar seco e a maior incidência de poluentes; e para ingerir muito líquido, para evitar desidratação.
Chuva interrompe estiagem de 47 dias na cidade de São Paulo.
Num cruzamento da avenida Sumaré, asfalto molhado e carros com faróis acesos no final da tarde, no primeiro dia de chuva em São Paulo após 47 dias de seca.
|