Policiais sul-coreanos correm para conter protesto contra a visita do presidente norte-americano George W. Bush, em Seoul
Foto: AP Seul, 5 ago (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, George W.
Bush, chegou nesta terça - em meio a um forte esquema de segurança - à capital sul-coreana, onde falará mais uma vez sobre a necessidade de verificar a informação apresentada pela Coréia do Norte quanto ao seu potencial nuclear.
Bush e sua mulher, Laura, foram recebidos no aeroporto pelo primeiro-ministro sul-coreano, Han Seung-soo, enquanto no centro da cidade um grupo protestava contra a visita e simpatizantes conservadores lhe davam boas-vindas em uma passeata paralela.
A visita de Bush à Coréia do Sul é oficialmente de dois dias, mas o presidente, na verdade, permanecerá pouco mais de 20 horas no país asiático, e seu programa oficial começará apenas na quarta-feira.
Após um ato oficial de boas-vindas na Casa Presidencial sul-coreana, Bush se reunirá amanhã com o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, com quem tratará da abertura do país às importações de gado dos EUA, assunto que provocou uma grande agitação entre a opinião pública.
Após a reunião e a entrevista coletiva conjunta, Bush e sua mulher participarão de um almoço oficial com Lee e sua esposa, e depois visitará uma base americana próxima a Seul.
Milhares de sul-coreanos contrários e favoráveis ao presidente se concentraram na capital, diante de um cordão de isolamento policial estabelecido para impedir que ocorressem incidentes entre as duas multidões opostas.
A manifestação de boas-vindas a Bush, organizada em torno de um cenário com a presença da imprensa, foi integrada por milhares de veteranos de guerra vestidos com seus uniformes, pessoas de tendência conservadora e comunidades cristãs.
Já a manifestação contrária a Bush, com média de idade um pouco menor, foi formada por um grupo que incluía estudantes universitários, sindicatos e grupos contrários à importação de carne americana.
Preocupados com o mal da vaca louca, milhares de sul-coreanos se concentraram no centro da capital para protestar contra a importação da carne bovina americana e a presença de Bush.
A chegada do presidente também reuniu milhares de simpatizantes de tendência conservadora na Prefeitura de Seul, que esperaram a chegada do líder americano entoando canções cristãs e agitando bandeiras de EUA e Coréia do Sul.
As duas manifestações transcorreram pacificamente, em meio a 23 mil policiais, mas em alguns momentos aconteceram momentos de tensão.
Alguns partidários de Bush e de Lee se aproximaram dos manifestantes contrários aos EUA e trocaram insultos e empurrões.
Bush se despede da presidência com esta última visita à Coréia do Sul na qual tem a Coréia do Norte como principal assunto de agenda.
Até agora, o diálogo de seis lados entre Coréia do Norte, Coréia do Sul, Rússia, China, Japão e EUA, bem como o empenho de Bush, conseguiram fazer com que Pyongyang derrubasse a torre de refrigeração da central de Yongbyon e entregasse um relatório detalhado sobre grande parte de seus programas.
Em entrevista concedida à emissora sul-coreana "KBS" antes de iniciar sua viagem à Ásia - irá também à Tailândia e à China -, Bush ameaçou Pyongyang a interromper o processo de retirada da Coréia do Norte da lista de países terroristas.
Caso deseje que seu nome saia da lista, o regime totalitário deverá adotar antes de 11 de agosto um protocolo para verificar se a informação que entregou até agora é certa.
George Bush chega à Coréia do Sul para realizar visita oficial.
Policiais sul-coreanos correm para conter protesto contra a visita do presidente norte-americano George W. Bush, em Seoul.
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