Manifestantes fecham a entrada do aeroporto de Tarija durante protesto contra o encontro dos presidentes Evo Morales, Hugo Chávez e Cristina Kirchner.
Foto: AFP BUENOS AIRES, 5 Ago 2008 (AFP) - Os presidentes de Venezuela, Hugo Chávez, e da Argentina, Cristina Kirchner, suspenderam nesta terça-feira a viagem que fariam ao departamento boliviano de Tarija, onde deviam se reunir com o presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou o dirigente venezuelano durante entrevista à imprensa em Buenos Aires.
"Resolvemos suspender a viagem a Tarija porque houve agressões contra jornalistas e protestos contra as delegações de Argentina e Venezuela - um fascismo que faz lembrar as piores épocas", justificou Chávez, afirmando ter tomado a decisão depois de conversar por telefone com Evo Morales.
Chávez acusou os Estados Unidos de promoverem ações desestabilizadoras na Bolívia antes do referendo de domingo.
"Acusamos diretamente o império dos Estados Unidos, que faz todo o possível para evitar nossa união", denunciou o dirigente venezuelano, atribuindo as supostas ações desestabilizadoras "ao desespero imperial de Mister Danger", como costuma chamar o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.
Hugo Chávez e Cristina Kirchner deveriam viajar nesta terça-feira a Tarija para participar da inauguração de uma usina de produção de gás financiada parcialmente pelas estatais Enarsa (Argentina) e PDVSA (Venezuela).
Chávez e Cristina Kirchner suspendem viagem à Bolívia.
Manifestantes fecham a entrada do aeroporto de Tarija durante protesto contra o encontro dos presidentes Evo Morales (Bolívia), Hugo Chávez (Venezuela) e Cristina Kirchner (Argentina). Chávez e Kirchner cancelaram viagem após o incidente.
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