Categoria Ci�ncia e Sa�de  Noticia Atualizada em 15-08-2008

Estudo revela aumento de zonas mortas nos mares do mundo
�reas dos oceanos com n�vel muito baixo de oxig�nio j� ultrapassam 400, alertam cientistas.
Estudo revela aumento de zonas mortas nos mares do mundo
Foto: Nasa

As zonas mortas nos oceanos do mundo, onde a aus�ncia de oxig�nio impede o desenvolvimento de vida marinha, aumentaram mais de um ter�o entre 1995 e 2007, revela um estudo divulgado hoje na revista americana "Science". Os principais fatores dessa cat�strofe oce�nica s�o a contamina��o por fertilizantes e a queima de combust�veis f�sseis, segundo cientistas do instituto de Ci�ncias Marinhas da Universidade William and Mary, na Virg�nia, e da Universidade de Gotemburgo, na Su�cia.

O aumento das zonas mortas no mar transformou-se no principal agente de press�o sobre os ecossistemas mar�timos, no mesmo n�vel da pesca excessiva, perda de habitat e outros problemas ambientais. Segundo os cientistas, seu aumento se deve tamb�m a certos nutrientes, especialmente o nitrog�nio e o f�sforo, os quais, ao entrarem em excesso nas �guas litor�neas, causam a morte de algas.

Ao morrer, essas plantas microsc�picas afundam e se transformam em alimento de bact�rias que, durante a decomposi��o, consomem o oxig�nio a sua volta. Na linguagem cient�fica, esse processo da diminui��o progressiva de oxig�nio se chama "hip�xia".

Mais de 400
Segundo Robert Diaz, professor do Instituto de Ci�ncias Marinhas, e Rutger Rosenberg, cientista da Universidade de Gotemburgo, atualmente existem 405 zonas mortas em �guas pr�ximas �s costas em todo o mundo, o que representa uma superf�cie de mais de 26.500 quil�metros quadrados.

Diaz, que come�ou a estudar as zonas mortas em meados da d�cada de 1980, ap�s advertir sobre o problema nas �guas da Ba�a de Chesapeake (costa atl�ntica dos Estados Unidos), afirma que, em 1995, j� havia 305 zonas mortas no mundo todo. De acordo com o cientista, no in�cio do s�culo passado s� havia quatro zonas mortas, n�mero que passou para 49 em meados de d�cada de 1960, 87 na de 1970 e para 162 na de 1980.

"N�o existe outra vari�vel de tanta import�ncia para os ecossistemas mar�timos litor�neos que tenha mudado t�o drasticamente e em um lapso t�o curto", afirmam Diaz e Rosenberg no estudo. Segundo Diaz, as provas geol�gicas demonstram que as zonas mortas n�o eram "um fen�meno natural" na Ba�a de Chesapeake e outros estu�rios. "As zonas mortas eram raras. Agora s�o comuns. Cada vez h� mais em mais lugares", diz o cientista.

Diaz e Rosenberg afirmam que, em muitas ocasi�es, s� se d� import�ncia � hip�xia quando esta come�a a dizimar os organismos que, em �ltima inst�ncia, servem de alimento � popula��o. Como exemplo, eles citam o desaparecimento de algumas esp�cies de peixes e os surtos cr�nicos de epidemias bacterianas em outras.

Menos comida
Por outro lado, ao impedir o desenvolvimento de alguns habitantes dos fundos mar�timos, como os mariscos e alguns vermes, a hip�xia elimina uma importante fonte de nutri��o para outros predadores, assinala o estudo.

Segundo os cientistas, a chave para frear o aumento de zonas mortas � manter os adubos em terra e impedir que cheguem ao mar.

"� necess�rio que cientistas e agricultores trabalhem em conjunto para desenvolver m�todos agr�colas que reduzam a transfer�ncia de nutrientes da terra para o mar", diz Diaz.

Estudo revela aumento de zonas mortas nos mares do mundo
�reas dos oceanos com n�vel muito baixo de oxig�nio j� ultrapassam 400, alertam cientistas.
Uso excessivo de fertilizantes leva a multiplica��o de micr�bios e morte de peixes.

Fonte:

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir