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CURIOSIDADES DA LÍNGUA TUPI QUE FALAMOS
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Já parí filhos, três, maravilhosos. Já plantei árvores até na nascente do Rio Itapemirim, no alto da Serra do Caparaó Já parí filhos, três, maravilhosos. Já plantei árvores até na nascente do Rio Itapemirim, no alto da Serra do Caparaó. Mas meu livrinho que pretendo escrever a muito, ainda não saiu do rascunho. É um livrinho despretensioso, com fatos e fotos antigas que guardo com cuidado, herdadas do meu pai, que tinha essa maravilhosa mania de tudo anotar e fotografar. Dentre os assuntos que quero abordar está o significado de várias palavras que usamos diariamente em nossos diálogos e que desconhecemos sua origem. Para desenvolver este trabalho, fui com meu amigo e professor de história José Rubens Brumana até a Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, e durante alguns dias nos debruçamos sobre livros como O Tupi, de Theodoro Sampaio, Vocabulário Guarani/Português, de Mário Arnaud Sampaio, e o Dicionário da Língua Geral do Brasil, de Júlio Platzmann. Essa pesquisa foi feita em 1997 e, portanto, dá para perceber o quanto atrasado está o meu livrinho. Só para matar um pouquinho a curiosidade, vou listar algumas palavras do nosso cotidiano e o seu significado na língua indígena. Observem a forma clara e objetiva como eles nominavam as coisas. No alfabeto tupi há 19 letras, não existindo as letras f, l, j, z, v. Abacaxi= fruta cheirosa Jabuti= aquele que não bebe Pitanga= vermelho, corado Ipiranga= rio vermelho, barrento Pitu= de pele ou casca escura Sururu= bicho úmido ou encharcado Urubu= ave negra Aipim= raiz enxuta Cajá= fruto que é só caroço Burarama= região das matas, terra das madeiras Goiaba= ajuntamento de caroços Guarapari= bacia onde as garças se banham Iriri= ostra, molusco Itabira= pedra levantada Inhaúma= barro de panela Guanandi= árvore com líquido gelatinoso, amarelo e visguento Jacaré= aquele que olha de banda Siri= aquele que corre de lado Imbira= a pele da árvore Baiacu= o quente, o venenoso Timbó= o bafo, o vapor, a fumarada Muribeca= Mosca Fonte: O Autor
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| Por: Ivilisi Soares Azevedo | Imprimir |
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