Categoria Geral  Noticia Atualizada em 08-10-2008

Com suspensão de greve, delegacia tem fila para registro de BO em SP
Delegados voltaram ao trabalho por 48 horas nesta quarta-feira (8). No 1º DP, movimento causa longas esperas para registro das ocorrências.
Com suspensão de greve, delegacia tem fila para registro de BO em SP
Foto: Juliana Cardilli/G1

Juliana Cardilli

Com a suspensão por 48 horas da greve dos delegados da Polícia Civil de São Paulo, os boletins de ocorrência que não eram registrados desde o início da greve voltaram a ser atendidos nas delegacias da cidade nesta quarta-feira (8). No 1º Distrito Policial, na Sé, Centro de São Paulo, a volta ao expediente normal deixou a sala de espera lotada de pessoas em busca do registro de seus casos.

"Hoje está mais cheio que nos dias de greve. Os boletins de ocorrência que não estavam sendo atendidos antes, como os de furto, por exemplo, voltaram a ser registrados normalmente hoje", afirmou Stefan Uszkurt, delegado plantonista.

Segundo Uszkurt, a maior parte dos casos apresentados nesta manhã era relacionado a furtos. "A fila está grande, mas todo mundo está sendo atendido", ressaltou o delegado. Apesar de a Associação dos Delegados do Estado de São Paulo (Adpesp) ter aceitado voltar ao trabalho por 48 horas para reabrir as negociações, o Sindicato dos Investigadores de Polícia (Sipesp) não aceitou o acordo e continua em greve.

Segunda tentativa

Duas mulheres que haviam comparecido ao 1º DP na terça-feira (7) e foram orientadas a voltar nesta quarta estavam no local no início da tarde, aguardando atendimento.

A assistente judiciária Sônia Maria Silva, de 54 anos, percebeu que seu cartão de crédito havia sido clonado na terça. "Achei estranhas as movimentações quando fui receber meu pagamento. Fui até a gerente, que viu na hora o problema. Vim ontem tentar registrar o caso, mas me disseram para voltar hoje", conta ela, cujo o prejuízo com o golpe é estimado em R$ 5.300. Há quase três horas na fila, ela se mantinha otimista. "Já até saí e fui almoçar. Mas pelo menos vou ser atendida".

A autônoma Ordália Gomes Ferreira, de 19 anos, também estava na delegacia pela segunda vez em dois dias. Ela teve seu nome incluído no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) depois que uma antiga colega de casa registrou uma linha telefônica em seu nome. "Quero fazer o boletim para provar que não estou errada e processar a menina. Ontem nem me deixaram pegar senha, não tinha ninguém. Hoje acho que vou ser atendida."

"São dois casos típicos que não eram atendidos antes da suspensão da greve", comentou o delegado Uszkurt.

Em outras duas delegacias visitadas pelo G1, o 4º DP, na Consolação, e o 78º DP, nos Jardins, policiais informaram que os boletins de ocorrência voltaram a ser atendidos normalmente, mas que não houve um aumento no número de casos.

No 78º DP, segundo os policiais, o fluxo de atendimento permanece o mesmo que durante a greve, com procura principalmente de casos de roubo e assalto.

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Delegados voltaram ao trabalho por 48 horas nesta quarta-feira (8).
No 1º DP, movimento causa longas esperas para registro das ocorrências.

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir